Segundo uma estimativa divulgada esta quarta-feira pela Eurostat, a taxa de inflação na Zona Euro atingiu um máximo histórico de 5,8% no mês de Fevereiro, depois de ter verificado um valor acentuado no mês anterior, equivalente a uma taxa de inflação de 5,1%.
De acordo com a estimativa do serviço de estatísticas europeu, os preços dos combustíveis e energias foram os que mais aumentaram em fevereiro (31,7%, contra 28,8% no mês anterior), seguindo-se os do setor da alimentação, álcool e tabaco (4,1%, face a 3,5%), o dos bens industriais não energéticos (3%, comparados com 2,1%) e o dos serviços (2,5%, acima dos 2,3% de janeiro).
A entidade refere que os 31,7% registados no setor energético será o valor mais elevado a verificar no preço dos combustíveis, embora a intervenção e conflito existente entre Rússia e Ucrânia possa vir a contrariar essas afirmações.
Portugal passou a ter a quarta taxa de inflação mais reduzida, mantendo-se como uma das mais baixas da União Europeia com 4,4%, somente atrás da França, com 4,1%, e Malta e Finlândia, ambas com 4,3%. Todavia, este valor é o mais elevado numa década sendo que o principal motor da subida de preços tem sido os elevados custos com a energia, nomeadamente combustíveis e eletricidade.
Desta forma, o povo português vai ter de continuar a lutar e conviver com tempos difíceis, com uma inflação elevada e um poder de compra cada vez mais reduzido que tanto afeta o rendimento disponível das famílias e o crescimento económico do PIB português.
Autor: Duarte Talhão
