Mário Centeno avisa que as Euribor podem subir até ao Verão

Fonte da imagem: Logopedia

O Governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, prevê uma subida nas taxas de juro pelo menos até agosto nos prazos a três e seis meses, quanto à taxa a 12 meses é esperado uma descida até ao final do ano.

As previsões do Banco de Portugal para as Euribor são de que as taxas a 3 e a 6 meses, esta última é a mais utilizada para Créditos à Habitação em Portugal, irão continuar a aumentar até à chegada do verão, isto deverá agravar, ainda mais, a prestação dos créditos à habitação em Portugal, podendo tornar ainda mais difícil a vida dos Portugueses.

No total, em Portugal 1,1 milhões de empréstimos para a compra de casa utilizam taxa variável, sendo que desses quase a sua totalidade é protagonizada recorrendo às taxas Euribor a 3 e a 6 meses.

Segundo Mário Centeno, “a Euribor a 3 meses, que é aplicada em 30% dos contratos, e a 6 meses, em 40% dos contratos, apenas atingirão os máximos nos meses de verão” e que por isso é preciso continuar a acompanhar a sua evolução.

Já quanto à taxa a 12 meses, as previsões do Banco de Portugal apontam para que esta já está num processo de decréscimo desde março e “espera-se que desça todos os meses até ao final do ano”, por isso os contratos indexados à taxa a 12 meses que só agora serão atualizados deverão ter uma taxa menor e, por isso, a atualização será menos gravosa.

É importante também ver aquilo que será o comportamento do Banco Central Europeu daqui para a frente, já que com cada vez mais sinais de que a inflação poderá estar a abrandar, o BCE poderá manter as suas taxas de juro nos níveis atuais e evitar voltar a aumentá-las.

Desde o ínicio desta escalada na inflação que o BCE já subiu as suas taxas de juro dos 0 para os 3,5%, num espaço de menos de 1 ano. Segundo Centeno, o mais preocupante neste processo de normalização da política monetária “não é tanto o nível mas a rapidez com que as taxas têm subido”, explicando que “o processo só terminará quando as taxas do BCE voltar aos níveis neutrais, que são mais baixos do que aqueles que temos hoje”.

As taxas Euribor refletem o valor médio das taxas de juro com que um conjunto de 57 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário, costumando acompanhar alterações que ocorram nas taxas de juro diretoras do BCE. 

Com os sucessivos aumentos quer da inflação, quer, consequentemente, das taxas de juro diretoras por parte do BCE, as taxas Euribor têm aumentado consideravelmente durante os últimos tempos, tendo atingido valores históricos.

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