Lusíadas abandona PPP do Hospital de Cascais. Poupança de 230 milhões para o Estado

O grupo Lusíadas Saúde resolveu não entrar no concurso para um novo contrato de oito anos de gestão do Hospital de Cascais. De salientar que durante os 14 anos de vigência da PPP, que termina no próximo dia 31 de dezembro de 2022, a sua gestão representou uma poupança de 230 milhões de euros para o Estado.

14 anos de PPP

Os 14 anos de duração da Parceria Público Privada da Lusíadas no Hospital de Cascais, a qual termina no dia 31 de dezembro de 2022, representaram uma poupança na ordem dos 230 milhões de euros para o Estado. De ressalvar que a estimativa da poupança do Estado de 230 milhões de euros, teve como base estudos independentes realizados pelo grupo Lusíadas Saúde. A parceria entre o Estado e o grupo Lusíadas Saúde para o Hospital de Cascais teve início em 2008, com um contrato com a duração de 10 anos, tendo sido prorrogada várias vezes ao longo do tempo.

Garantia de sustentabilidade financeira

O grupo Lusíadas Saúde justifica a sua decisão de não participar no último concurso lançado para esta Parceria Público Privada, com o facto de considerar que a proposta apresentada pelo Governo não ostenta garantia de sustentabilidade financeira no decurso dos oito anos previstos no contrato.

24% de poupança por ano

Vasco Antunes Pereira, CEO do grupo Lusíadas Saúde salienta que o modelo de PPP em vigor permitiu ao Governo uma poupança de 24% por ano. Segundo Vasco Antunes Pereira, com o modelo de gestão atual, a cada quatro anos existia um ano, no qual o Hospital de Cascais teria zero custos para o Estado, ou seja, durante quatro anos, opera a um custo semelhante ao dos demais hospitais públicos, enquanto que, no quinto ano não teria quaisquer custos para o Estado.

Números do Hospital de Cascais

Durante os 14 anos da PPP, o Hospital de Cascais realizou um total de 1,9 milhões de consultas, 134 mil cirurgias, 2,1 milhões de atendimentos nas urgências, assim como, 32 mil partos. No âmbito do novo concurso lançado pelo Governo, a Parceria Público Privada para o Hospital de Cascais, foi atribuída durante este ano ao grupo espanhol Ribera Salud.

Balanço da parceria

O CEO do grupo Lusíadas Saúde, Vasco Antunes Pereira, considera que a Parceria Público Privada teve um balanço positivo, tanto para o grupo como para os habitantes das áreas de Cascais e Sintra, uma vez que permitiu satisfazer as necessidades evidenciadas pelos mesmos. Além desta consideração, Vasco Antunes Pereira, refere que o Governo também obteve resultados positivos desta parceria, na medida em que permitiu que este fosse mais eficiente na gestão do hospital, garantindo elevados índices de qualidade e excelência.

Outras razões para não avançar com uma proposta

Vasco Antunes Pereira, CEO do grupo Lusíadas Saúde, revela que a decisão de não avançar com uma proposta para uma nova PPP para o Hospital de Cascais, assenta também em elementos relacionados com a sustentabilidade económica. Ou seja, o grupo avaliou a forma como o Estado estava a considerar realizar o investimento que era necessário e concluiu que o mesmo iria provavelmente colocar em causa a sustentabilidade económica do projeto.

Novas parcerias no setor da saúde

Apesar desta decisão, Vasco Antunes Pereira, CEO do grupo Lusíadas Saúde, não coloca que parte a possibilidade de se realizarem novas parcerias no setor da saúde, contudo ressalva que para o seu estabelecimento é fundamental garantir que todos os “stakeholders”, apresentam a possibilidade de garantir a sua sustentabilidade.

 

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