A REN – Redes Energéticas Nacionais ($RENE.LS) divulgou, na sexta-feira passada, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que registou lucros de 6 milhões de euros no primeiro trimestre de 2022. Este valor traduz-se num aumento de 32,6% (mais 1,5 milhões de euros) em comparação com o período homólogo.
Para este resultado positivo nestes primeiros três meses do ano, contribuiu a boa performance do EBITDA, que apresentou uma subida de 3,5% (4,3 milhões de euros) para 118,4 milhões de euros, “refletindo o desempenho positivo em Portugal e no Chile”.
Teve também um impacto positivo nos resultados alcançados o aumento da atividade operacional e a melhoria em 12,2% dos resultados financeiros (menos 9,4 milhões de euros), apesar do aumento de impostos, incluindo a Contribuição Extraordinária para o Setor Energético (CESE), que foi de mais 1,8 milhões de euros.
A REN refere ainda que este foi o primeiro trimestre em que não gerou eletricidade com base no carvão, um marco na produção elétrica em Portugal. Todavia, a seca severa sentida no nosso país, no inverno 2021/2022, levou a uma diminuição da produção de energia proveniente de fontes renováveis, em especial da hídrica, sendo que, neste período, foi de 48,8% da produção total, quando, no primeiro trimestre de 2021, havia sido de 78,7%.
O consumo de energia subiu para 13,2 TWh, em relação aos 13,1 TWh, ou seja, aumentou 1,3%. “Já o gás natural registou uma variação homóloga de 6,6%.”, indica a empresa.
Com o eclodir da Guerra na Ucrânia, em fevereiro, o receio de que alguns terminais de abastecimento de gás natural fossem atacados levou a alterações das rotas de navios, sendo que alguns passaram a atracar em Sines.
Assim, este terminal recebeu 19 navios, representando um aumento de 27% face ao período homólogo, e um máximo histórico. O terminal foi responsável por 99,7% do abastecimento nacional no primeiro trimestre de 2022, tendo registado ainda exportações, através da interligação com Espanha.
Autor: Diogo Martins
