Segundo uma análise da unidade de “research” da BA&N, o preço médio por metro quadrado alcançou os 1.355 euros em 2021, o que representa uma subida de 9,4%. O valor dos alojamentos transacionados ao longo de 2021 ascendeu aos 28,1 mil milhões de euros, mais 31,1% do que em 2020.
Conforme indica o estudo, “esta dinâmica tem sido acompanhada por um crescimento acentuado do financiamento bancário para a compra de habitação“. No entanto, acrescentam que as avaliações exigidas pelos bancos para a concessão destes empréstimos nem sempre acompanham a evolução sentida.
A BA&N considera que “há, à luz das avaliações feitas pelos peritos, uma sobrevalorização dos imóveis no momento da transação que a nível nacional é de 5,4%”, tendo em conta os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, (INE), referentes à avaliação bancária e aos preços da habitação, datados ao final de 2021.
Em média, no quarto trimestre de 2021, o preço por metro quadrado da avaliação bancária foi de 1.285 euros, enquanto o preço médio de venda se cifrou nos 1.355 euros por metro quadrado.
Esta discrepância entre os valores de compra e venda e os valores a que os peritos avaliam os imóveis, torna mais difícil para as famílias a aprovação do crédito.
Este diferencial varia de região para região, destacando-se o Algarve que apresenta os preços de transação mais elevados em comparação com as avaliações efetuadas pelos peritos, registados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Nesta região, o preço médio do metro quadrado de compra ascendeu a 2.114 euros no final do ano passado, face aos 1.731 euros médios da avaliação, o que representa uma sobrevalorização dos imóveis de 22,1%.
No entanto, existem, também, regiões que fogem à regra, onde as avaliações ficam acima dos preços de transação, nomeadamente nas regiões Centro e Alentejo.
Autor: Sérgio Garcez