Louis Vuitton prevê o futuro do retalho

No contexto atual de digitalização de processos e onde o e-commerce começa cada vez a ter mais preponderância, surgem diversas questões: será este o futuro do setor do retalho? Que espaço existirá para as lojas físicas neste contexto? Irão estas desaparecer para dar lugar a espaços de compra exclusivamente online? Nestas circunstâncias, Louis Vuitton prevê o futuro do retalho.

Segundo Jean Jacques Guiony, Chief Financial Officer da gigante de artigos de luxo Louis Vuitton, a resposta parece ser bastante clara, afirmando que “Conseguimos prever duas coisas acerca do futuro (do retalho): primeiro, ocorrerá sobretudo em lojas físicas, pois a experiência do consumidor online nunca será equivalente. (…) Segundo, teremos de enriquecer a experiência do consumidor através de conteúdo digital”. 

A pandemia do COVID-19 e as suas subsequentes medidas restritivas fizeram com que a maioria das lojas físicas tivesse que fechar durante longos períodos de tempo e exigiram uma maior capacidade de presença online por parte das empresas. Contudo, em termos de futuro, como já foi referido, a Louis Vuitton considera que o conteúdo digital deverá ser utilizado sobretudo para complementar a experiência na loja e não para a substituir. 

Guiony refere ainda que a empresa sabe que a maioria dos consumidores consulta os conteúdos online antes de se deslocarem à loja, mas reforça que a experiência digital não consegue atingir os mesmos níveis de satisfação do cliente, em comparação com a experiência presencial. É desta forma que a Louis Vuitton prevê o futuro do retalho e nos demonstra a sua experiência com o e-commerce.

Quanto ao crescimento do setor e da empresa, este diz não saber “se podemos falar nos novos ‘Loucos anos 20’, (…) mas o negócio está a correr bem com a maioria da nossa base de clientes, seja na Europa, seja na Ásia. No geral, penso que não temos nada de que nos lamentar”. 

Em 2020, a Louis Vuitton (€MC.PA) registou uma quebra nas vendas de cerca de 17% relativamente ao ano anterior, justificada, principalmente, pelos confinamentos e restrições a viagens internacionais. No entanto, o valor das suas ações aumentou 32,8% no período de um ano. 

Autor: João Rodrigues 

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