A empresa Facebook ($FB), dona da maior rede social do mundo, pondera alterar o seu nome para breve. Segundo o The Verge, o anúncio poderá ser feito na próxima semana. Trata-se de um rebranding da empresa fundada por Mark Zuckerberg, com o objetivo de salientar não só as redes sociais (Facebook, Instagram e Whatsapp), mas também as apostas da empresa em realidade virtual.
A alteração assemelha-se à que a Google fez quando o grupo cresceu para mais do que um motor de busca e a empresa optou por mudar o nome para Alphabet ($GOOGL). Em julho, Mark Zuckerberg, numa entrevista ao The Verge, afirma que, no futuro, o Facebook iria “fazer uma transição progressiva de sermos vistos como uma empresa apenas ligada a redes sociais para passarmos a ser vistos com uma empresa metaversa”, uma alusão aos investimentos do Facebook em tecnologias de realidade aumentada, criando uma simbiose entre o mundo real e o mundo digital.
Na segunda-feira, o Facebook anunciou que criará, nos próximos cinco anos, 10.000 novos empregos na União Europeia, num claro reforço da aposta no metaverso.
Ainda segundo o The Verge, o novo nome do grupo é um segredo muito bem guardado, nem do conhecimento de alguns dos cargos de liderança. A mesma publicação aponta que o nome possa refletir o seu produto Horizon, recentemente anunciado – um produto de realidade virtual ainda em desenvolvimento, que irá permitir às pessoas participarem em reuniões utilizando o Oculus Quest através de avatares animados.
O Facebook anunciou em Setembro os seus óculos inteligentes em colaboração com a Ray-Ban, que permitem aos utilizadores capturar fotos e vídeos daquilo que estão a assistir e publicar diretamente nas redes sociais Facebook, Instagram ou Whatsapp. Apesar deste produto ter sido anunciado pelo Facebook e pelo próprio Mark Zuckerberg nas suas redes sociais, o nome do Facebook não surge em nenhum lugar dos óculos.
No seguimento do investimento da empresa no metaverso, em Setembro de 2020, foi anunciado o “Projeto Aria” – um projeto de óculos inteligentes que usa realidade aumentada para ajudar em funções do dia-a-dia, como navegação em mapas ou facilitar a localização de objetos perdidos.
Na visão da empresa, “Imagine ligar para um amigo e conversar utilizando o seu avatar do outro lado da mesa. Imagine um assistente digital inteligente o suficiente para detetar perigos na estrada, oferecer estatísticas durante uma reunião de negócios ou até mesmo ajudá-lo a ouvir melhor em ambientes com mais barulho.”
O CEO e co-fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, deve discutir os planos para mudar o nome na conferência anual Connect da empresa no dia 28 de Outubro. No entanto, alguns especialistas referem que o anúncio poderá acontecer antes.
Este anúncio surge num momento em que a empresa enfrenta um forte escrutínio sobre as suas práticas, na sequência da publicação de documentos que alertam para a falta de segurança na utilização das suas redes sociais.
Autor: José João Sampaio