Bitcoin utilizada como colateral, pela primeira vez, pela Goldman Sachs

Em Março de 2022, a Goldman Sachs Group Inc, em colaboração com a Galaxy Digital Holdings Ltd, executou a sua primeira operação à vista em criptomoedas, ao transacionar um contrato a termo sem entrega física (em inglês, Non Deliverable Foward ou NDF) entre a bitcoin e o dólar. 

Seguidamente, Mary Rich, a diretora global da nova equipa de ativos digitais da divisão de gestão de património da empresa, anunciou publicamente que estava no processo de criar uma oferta de investimentos em criptomoedas, nomeadamente, em Bitcoin, para os seus clientes de mais alto poder aquisitivo.

Em continuidade com essa recente tendência de adoção de criptomoedas adotada pela Goldman Sachs, dia 28 de Abril de 2022, a mesma anunciou a emissão de um empréstimo que utiliza Bitcoin como colateral. Junta-se, assim, a um conjunto restrito de bancos de menor dimensão que já tinham dado esse passo anteriormente, como a Silvergate Capital Corp.

Segundo a porta-voz da empresa, a mesma teria cedido um empréstimo a um devedor, não identificado, que cedeu o seu património em Bitcoin como colateral. A empresa aceitou a proposta do devedor realçando que as características do ativo, a Bitcoin, coincidem com os interesses da Goldman Sachs face à estrutura e à capacidade de gestão de risco dos ativos que procuram.

Após uma longa e contínua tendência de desvalorização do mercado dos criptoativos pelas grandes instituições financeiras, juntamente com uma recente tendência de aprovação que similarmente tem surgido nos seus concorrentes, esta adoção dos ativos digitais pela antes receosa Goldman Sachs, como realça Max Minton, diretor da equipa de ativos digitais da Ásia Pacífico da empresa, simboliza um grande desenvolvimento das capacidades e do crescimento em larga escala desta classe de criptoativos. 

Autor: Gabriel Pereira