Cada vez é mais comum as conexões entre o mercado de criptoativos e o sistema financeiro tradicional, o que pode trazer um novo panorama para a banca, nomeadamente quanto à capacidade de conceder crédito.
O mercado de criptoativos continua a ser relativamente pequeno e pouco capaz de impactar de forma significativa a estabilidade financeira, mas os reguladores portugueses admitem que este cenário pode vir a mudar.
No Relatório de Estabilidade Financeira publicado neste mês, o Banco de Portugal (BdP) realça que as interligações entre as finanças descentralizadas (ou DeFi em inglês) e o sistema financeiro tradicional estão a aumentar exponencialmente, ao que o BdP alerta que possíveis flutuações em criptomoedas podem vir a “repercutir-se nos mercados financeiros tradicionais”.
Algumas partes do setor tradicional de gestão de ativos, tais como fundos de investimento, têm vindo a adotar protocolos DeFi e até a incentivar o investimento em criptoativos.
Num futuro não muito longínquo, o mercado dos criptoativos deverá ser sujeito a regulação, apesar de se prever que esta regularização seja demorada e difícil por ser “ainda um domínio relativamente recente” e por ter “características únicas”, mais especificamente pelo “seu carácter anónimos e descentralizado”. Para o BdP, o desafio será assegurar estabilidade financeira sem comprometer toda a inovação deste setor emergente.
O objetivo estabelecido pelo Comité de Basileia de Supervisão Bancária foi para passar a regulamentar as exposições bancárias aos criptoativos até ao final deste ano, algo que ainda hoje é desconhecido pelos reguladores.
Depois de mais uma semana com quedas acentuadas no preço das criptomoedas, que levou mesmo o preço da Bitcoin ao valor mais baixo em quase 2 anos, eis que o mercado dos criptoativos recuperou parcialmente, mantendo a sua instabilidade característica.
Este domingo, a Ethereum está a ser negociada a um preço a rondar os 1200 dólares, uma subida diária de 3%, enquanto que a maior criptomoeda, Bitcoin, está a ser negociada a rondar os 21 mil dólares, com uma subida diária a rondar os 1.5%.
Hélder Monteiro, 19 anos, estuda Engenharia e Gestão Industrial na Universidade de Aveiro (UA). Membro de uma organização europeia de estudantes (ESTIEM – European Sudents of Industrial Engineering and Management), a sua paixão pela literacia financeira e vontade de fazer sempre mais e melhor fez com que se juntasse à Meu Capital como Financial Content Writer.
