Arte, carros antigos, vinhos de luxo, jóias e relógios, são ativos de refúgio em crise

A história será sempre uma referência para todos e a arte, carros antigos e outras peças, podem ser uma opção de investimento e de contínua conservação em tempos mais delicados.

O colecionismo é uma paixão que gera muitos frutos em tempos de crise e o Credit Suisse Research Institute relata que curiosamente, a melhor proteção contra a inflação (medida pelo desempenho em períodos de inflação extrema) é oferecida pelas bolsas Chanel, seguidas por obras de arte chinesas tradicionais e relógios de pulso, em particular Rolex. Estas peças têm sido acompanhadas por um aumento de preços marcante que, cada vez mais, leva os colecionadores a adquirir mais peças.

Segundo o relatório que resume as principais tendências de performance, comparando-as com os retornos dos ativos históricos e tradicionais, e analisa a sua sensibilidade à inflação, aumentos de taxas e crescimento no atual ambiente pós-Covid, o aumento dos níveis de riqueza e o aumento de pessoas com património de valor ultra-alto (UHNWI) constituem um bom presságio para os colecionadores, juntamente com a procura reprimida dos colecionadores e a expansão de uma nova base de clientes, mais jovem e mais global através das vendas online, impulsionada por organizações como a portuguesa Farfetch.

Em relação aos carros antigos e obras de arte, o banco suiço relata que, globalmente, 2021 foi um bom ano para o mercado da arte, nomeadamente na segunda metade, com duas coleções de referência em Nova Iorque. Uma delas foi a coleção Cox de obras impressionistas na Christie’s em 11 de novembro, que arrecadou 332 milhões de dólares e  outra foi a Part One (the first half) da coleção de arte moderna Macklowe, realizada na Sotheby’s em 15 de novembro, que arrecadou 676 milhões de dólares – o maior total de vendas da história da empresa. 

No que toca aos colecionadores de automóveis clássicos, o banco diz que, na saída da pandemia, o mercado automóvel clássico não só recuperou fortemente, como também acelerou para uma transformação revolucionária com novas plataformas de leilões digitais a ganharem importantes quotas de mercado, novas categorias de automóveis a tornarem-se “clássicos instantâneos” e novos colecionadores a juntarem-se ao mercado automóvel clássico. Este mercado é caracterizado por colecionadores que não realizam variadas transações mas sim, aquisições marcadas pelo seu sentimento em relação aos clássicos sendo rara a venda dos seus carros.

Em relação às experiências de requinte e com uma estimativa de 5 mil milhões de dólares em vendas por ano, o mercado de vinhos de luxo é uma categoria significativa de colecionáveis. Tanto a Covid-19 como a inflação alimentaram os aumentos de preços de certos vinhos e disparam os preços de certos “majors” como o Champagne, que emergiu nos últimos anos, tornando-se uma subcategoria líder no mercado.

Desta feita, em tempos economicamente mais difíceis, os artigos colecionáveis são investimentos de grande valor, de maneira a que, quanto mais afinidade sentimental com este tipo de mercados e bens, maior será a vulnerabilidade a que os grandes investidores estão sujeitos. Os NFT´s vieram revolucionar a arte digital, mas os quadros continuam a acompanhar as tendências e cada vez escalam mais os seus montantes para aquisição.

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