A previsão da Comissão Europeia para o PIB português

Graças ao avanço da vacinação durante o verão transato, a Comissão Europeia assume uma posição mais otimista relativamente à recuperação da economia europeia pós-pandemia, face às últimas previsões económicas que ocorreram há quatro meses atrás. 

Em particular, a entidade europeia, com sede em bruxelas, prevê que o PIB português cresça 4,5% este ano, e 5,3% em 2022. Apesar de estar em causa um crescimento do Produto Interno Bruto, estas são previsões mais pessimistas do que aquelas que constavam no Orçamento de Estado recentemente chumbado, onde se previa que o crescimento do PIB português para o ano de 2021 seria de 4,8% e, para 2022, de 5,5%. 

Para a entidade europeia, este crescimento é apoiado pela implementação, já em curso, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e por um crescimento da procura, na sequência da reabertura da economia. 

Caso estas previsões, que retratam um cenário razoavelmente favorável, se confirmem, tal significa que Portugal irá crescer menos do que a média Europeia este ano, mas superando-a no próximo.

Porém, não tendo a pandemia sido totalmente extinguida, existe um risco associado à incerteza de como vai evoluir o turismo, bem como um risco adicional associado às incertezas relacionadas com a adoção de um Orçamento para 2022.

Também relativamente ao défice orçamental de Portugal, Bruxelas está ligeiramente mais pessimista que o Governo. A Comissão aponta para um défice de 4,5% este ano, de 3,4% em 2022 e de 2,8% em 2023. No entanto, é de salientar que na génese de tais valores esteve o OE, que veio a ser chumbado. Assim, relativamente a esta matéria poderão surgir alterações. 

Graças ao crescimento da economia e à redução do défice, é expectável que a dívida pública encolha (para 128,1% do PIB para 2021 e 123,9% do PIB para 2022).

Em relação ao mercado de trabalho, a Comissão Europeia vê a taxa de desemprego a encolher para 6,7% em 2021, 6,5% em 2022 e 6,4% em 2023. Tais previsões são mais otimistas do que aquelas que o Governo previu em outubro.

Autor: Duarte Moura

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