TAP espera que a nova injeção de 990 milhões chegue no final do ano.

A TAP encontra-se num período delicado com um plano de ações debruçado sobre a reestruturação da sua marca e imagem. Consoante o plano, a companhia de bandeira espera que a nova injeção de capital no valor de 990 milhões chegues aos seus cofres no final do corrente ano de 2022.

Segundo a CEO da TAP, Christine Ourmières-Wineder, a companhia encontra-se com resultados “cautelosamente otimistas” e afirma que a empresa está com uma prestação “acima do plano de reestruturação”.

De acordo com a CEO, esta garantiu que a empresa está a “crescer acima das pares”. Na apresentação divulgada ao mercado, a companhia assinala que as receitas duplicaram no segundo trimestre face ao período homólogo, mais do que o grupo IAG, a Air France/KPLM e a Lufthansa.

Segundo o administrador financeiro, Gonçalo Pires, afirmou que a TAP vai receber a última tranche de ajuda pública, no valor de 990 milhões, no final do ano. Pelo caminho fica o empréstimo de 360 milhões, com garantia do Estado, que chegou a estar previsto para este ano.

A TAP anunciou que fechou os primeiros seis meses do ano com um prejuízo de 202,1 milhões de euros, menos de metade dos 493 milhões que tinha contabilizado no mesmo período de 2021. O resultado operacional foi positivo em 4,4 milhões. A forte recuperação da procura pelo transporte aéreo com o fim das restrições da pandemia permitiu um aumento de 938 milhões nas receitas para os 1.321,2 milhões. Tendo em conta apenas os resultados do segundo trimestre, a empresa obteve um resultado líquido negativo em 80,4 milhões, contra 128,1 milhões no período homólogo. Os rendimentos operacionais atingiram os 830,6 milhões, sendo praticamente idênticos  aos registados entre abril e junho de 2019, período pré-pandémico.

Em relação ao futuro, a CEO da TAP enfatizou que “o nível de reservas para o segundo trimestre é forte”, mas a indústria continua a enfrentar adversidades. Um dos constrangimentos diz respeito às operações nos aeroportos. Só em agosto a TAP teve de cancelar 156 voos e remarcar 14 mil passagens. Christine Ourmières-Widener afirmou que a situação foi muito complexa em julho e estabilizou um pouco em agosto, mas que as perturbações deverão persistir.

No que toca à situação no exterior dos aeroportos, a incerteza geopolítica e as suas ramificações ainda desconhecidas, a inflação que pode ter impacto na procura e nos custos e a flutuação das taxas de câmbio foram outros factores apontados pela CEO, que podem prejudicar as ações da empresa no seguimento do vigente plano de reestruturação.

DEIXA UM COMENTÁRIO

Por favor, envie o comentário!
Por favor, escreva o seu nome aqui

spot_imgspot_img

Últimas notícias

Receba o ebook "Os primeiros investimentos" GRATUITAMENTE

Basta carregar no botão abaixo

Artigos Relacionados

spot_imgspot_img