Segundo os dados publicados pelo Eurostat esta quarta-feira, dia 19 de janeiro, a União Europeia superou a meta do consumo final bruto de energias renováveis para 2020 – fixada em 20% – em cerca de dois pontos percentuais. Portugal atingiu uma quota de 34%, ultrapassando a meta nacional.
Apesar de, em termos legislativos, ter falhado o prazo de transposição da nova diretiva sobre Energias Renováveis, que deveria ter entrado em vigor no passado dia 1 de janeiro, a verdade é que, em termos de energia efetivamente consumida, Portugal ficou em quinto lugar no conjunto dos 27 Estados-membros.
A Suécia foi o país da UE que teve o maior consumo final bruto de energias renováveis em 2020, excedendo em 11 pontos percentuais a sua meta nacional (com uma quota de 60,1%). Seguem-se a Finlândia, em segundo lugar, com 43,8% e a Letónia, em terceiro, com 42,1%.
Portugal ocupa o quinto lugar da tabela dos Estados-membros com maior quota de energia proveniente de fontes renováveis, tendo ultrapassado a meta nacional de 31%.
Já países como a Bélgica, o Luxemburgo e Malta registam o menor consumo final bruto de energias renováveis em 2020, registando quotas de 13%,11,7% e 10,7%, respetivamente.
França foi o único país que não atingiu a meta nacional de 24% – que fixou para 2020 -, ficando-se por um consumo final bruto de energias renováveis de 19,1%, ou seja, 3,9 p.p. abaixo do objetivo definido.
Em termos gerais, a meta dos 20 pontos percentuais é uma grande conquista e um marco importante no caminho da UE para a neutralidade climática até 2050.
De acordo com a Eurostat, esta evolução positiva foi, em grande parte, motivada pelas metas juridicamente vinculativas para o aumento da quota de energia proveniente de fontes renováveis, decretadas pela Diretiva 2009/28/CE, relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis.
Autor: Carolina Miguel Ferreira