O que esperar de Manuel Pizarro como ministro da saúde e quais os seus principais desafios

Com a demissão de Marta Temido do cargo de ministra de saúde, é lugar agora de Manuel Pizarro liderar o sistema de saúde português. Vários são os desafios que este tem à sua exposição e, por isso, a ele é exigida políticas adequadas, no sentido de assegurar uma maior sustentabilidade do serviço de saúde, em Portugal. 

Manuel Pizarro deixa bem claro o papel importante que Marta Temido desempenhou, ao longo da sua carreira, enquanto ministra.”Queria prestar a minha homenagem e o meu reconhecimento a Marta Temido, em defesa da saúde dos portugueses e do SNS durante estes quatro anos, sendo que três dos quais coincidiram com a pandemia  de coid-19”, afirmou o novo governante. 

De 58 anos, licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, FMUP, e especialista em Medicina Interna, Manuel Pizzaro diz que era impossível recusar o convite de sucessão, sendo por isso o novo ministro da saúde nos quatro anos que se avizinham. 

Relativamente àquilo que Pizarro pode trazer de novo para o setor da saúde, existem posições divergentes. Enquanto o bastonário da Ordem dos Médicos afirma que, para António Costa, as políticas de saúde estão definidas, independentemente do ministro que rege, de acordo com o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, a escolha de Manuel Pizarro para Ministro da Saúde pode conciliar as políticas adotadas por António Costa e as vontades requeridas pelos profissionais de saúde. 

Gustavo Tato Borges acrescenta ainda que, desde que recursos suficientes sejam disponibilizados por Costa e Medina, poderá ser alcançado um consenso lapidado com algumas soluções para o setor. É necessário reter os profissionais de saúde, principalmente médicos, no sistema público e, por isso, é importante que se criem razões suficientemente plausíveis e condições suficientemente boas, para que os mesmos não sejam incentivados a deslocarem-se para o setor privado ou estrangeiro. Para isso, é necessário que cada entidade do SNS seja financiado, autonomamente. 

“Não temos atualmente médicos de família para todos os portugueses e é importante atingir este objetivo”, concluiu Tato Borges. O mesmo afirma que não é o facto de serem exíguos que faz com que nem todos os portugueses sejam alocados a um médico de família, mas sim porque os meios assim não o permitem. É a falta de gestão de recursos humanos e a falta de organização dos serviços de urgência hospitalares que estão na base do surgimento deste imbróglio. 

Para tal, é necessário um sistema de informação na saúde pública disponível aos profissionais de saúde, para que os mesmos consigam analisar os dados e satisfazer, mais eficazmente, a população.

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