O cenário dos combustíveis tornou-se um assunto preocupante com o agravar da invasão comandada por Vladimir Putin. Ainda assim, os combustíveis já se encontravam em alta desde o início do ano de 2022, tendo registado uma crescente de 52% no mês de março em relação ao mesmo período em 2021.
Em comunicado, a Entidade Nacional para o Setor Energético (ENSE) indica que as introduções ao consumo – registos efetuados, para efeitos fiscais, pelos comercializadores grossistas de combustível – aumentaram em março 52,22% face ao mesmo mês do ano anterior, um crescimento de 261.921 toneladas para 763.484 toneladas.
A ENSE destacou a “expressiva recuperação face ao ano pré-pandémico”, havendo uma subida de 112.430 toneladas (17,27%) face a março de 2019, o que é revelador da “normalização das atividades económicas com a consequente retoma dos níveis de procura de produtos petrolíferos”.
Desta forma, a entidade realçou que, em relação ao mês de março de 2021, se destaca a “recuperação homóloga do Jet (combustível para aviação) que registou uma variação de 274,61%, a gasolina (Categoria A) de 62,27%, o gasóleo (Categoria B, sem Jet) de 39,21% e a categoria C (GPL e Fuel) de 30,31%”.
Prova disso, em termos mensais, verificaram-se subidas em todas as categorias, que acumulam uma variação de 33,44%, fruto do aumento total de 261.921 toneladas. Contudo, apesar das falhas de fornecimento causadas pela guerra entre a Rússia e Ucrânia, a tendência é crescente, uma vez que, apesar do aumento generalizado dos preços dos bens energéticos, estes são necessários para o desenvolvimento de certas atividades económicas que dependem totalmente desses bens. As medidas a tomar para combater o aumento dos mesmos têm de ser tomadas pelo Governo e a Administração Pública já apresenta ações para a diminuição dos preços, embora insuficientes para os empresários portugueses que se debruçam com a atividade de transportes e/ou mercadorias.
Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.