O PIB europeu, que conjuga o produto interno bruto dos 27 Estados-membros, cresceu 5,4% no passado ano de 2021. Um ano caracterizado por períodos de infecção extremos dada a existência da COVID-19 que impôs várias restrições às economias de cada país da União Europeia sem exceção.
Contudo, se a comparação for feita com o ano anterior à pandemia (2019), o PIB dos 27 ficou 0,8% abaixo, refere o gabinete de estatísticas europeu.
Este desempenho final acontece depois de um abrandamento do crescimento no quarto trimestre do ano, quando o PIB cresceu 0,3% na área da moeda única e 0,4% nos 27 como um todo, em comparação com aumentos de 2,3% e 2,2% no terceiro trimestre, respetivamente.
Por rubricas e em termos macroeconómicos, este crescimento foi motivado pelo aumento das exportações e importações no decorrer do ano, que cresceram, respectivamente, 10,7% e 9,3% face a 2020 e que já estão acima dos indicadores de 2019. Em concreto, a despesa pública final aumentou 0,5% na Zona Euro e 0,6% na UE (em comparação com 0,3% e 0,1% no terceiro trimestre) e a formação bruta de capital cresceu 3,5% na Zona Euro e 3% na UE (em comparação com descidas de 0,9% e 0,8%, respetivamente). Em relação às componentes relacionadas com o consumo, o consumo privado aumentou 0,6% em ambas as zonas, abaixo da subida de 4,5% da Zona Euro e de 4,3% na UE no terceiro trimestre;
Assim, a economia europeia registou um superávit orçamental no que à balança de bens e serviços diz respeito, sendo um passo importante para a recuperação económica registada.
Por países, o declínio registado no quarto trimestre foi maioritariamente provocado pela queda de economias como a Alemanha, Irlanda e Áustria, que registaram decrescimentos equivalentes a 0,3%, 5,4% e 1,5%, respetivamente.
Pelo contrário, as economias que mais cresceram foram a da Eslovénia (5,4%), Malta (2,3%) e Espanha e Hungria (ambos 2%), colocando Espanha como o país com o maior crescimento trimestral entre as grandes economias europeias, à frente de França (0,7%), Itália (0,6%) e Países Baixos (0,9%).
Desta forma e como está previsto pelo Banco Central, a expectativa para este ano corrente de 2022, é de crescimento. O BCE aponta para um crescimento de 4,9% para a economia nacional portuguesa apesar do clima de incerteza que se vive por toda a Europa dado o conflito que decorre entre a Rússia e a Ucrânia, sendo este panorama a longo prazo, a prever-se para os próximos dois anos.
Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.