A fragilidade dos salários em Portugal

A partir do momento em que os jovens escolhem o seu curso superior segundo o pagamento de um melhor ou pior salário, algo está mal e deve ser corrigido.
São jovens e são o futuro de uma sociedade e desse modo, devem prosseguir os seus gostos não tendo os salários como indicadores para a escolha de um curso superior. Por outro, a partir do momento que querem permanecer e crescer em Portugal, inconsequentemente, têm de verificar esses fatores que irão ter um impacto direto no seu bem-estar futuro enquanto cidadãos portugueses a residir no país.

Desta feita, quanto ganha um jovem recém-licenciado? Os dados são pré-pandemia, mas retratam uma realidade que, no geral, não terá sofrido grandes alterações.

Segundo os dados da plataforma Brighter Future, da Fundação José Neves, revelam que, em 2018, o salário médio dos trabalhadores dos 15 aos 24 anos com licenciatura era de mil euros. A média esconde, no entanto, “diferenças substanciais” entre as várias áreas de formação. Matemática e Estatística estão no topo da lista das remunerações, com um salário médio de 1.245 euros brutos; seguida das áreas da Saúde, Informática, Engenharia e Técnicos afins e Serviços de Transporte. Já os jovens licenciados em Ciências Veterinárias, Serviços Sociais, Serviços de Segurança e Arquitectura e Construção recebiam os salários médios mais baixos, não atingindo os 850 euros.

O vínculo laboral acompanha a fragilidade do salário. Os contratos de emprego a prazo são uma realidade para uma parte substancial de quem trabalha. Segundo a Brighter Future, em 2018 cerca de 36% dos trabalhadores nas empresas portuguesas tinham contrato não permanente. A realidade, ao contrário do que muitas vezes se diz, parece atingir os dois lados da barricada, trabalhadores e empresas. Com consequências. “A rotação de emprego e a incerteza associada diminui ainda os incentivos ao desenvolvimento do capital humano por parte dos trabalhadores, mas também por parte das empresas, potencialmente comprometendo a sua produtividade e crescimento”, escreve a Brighter Future.

Posto isto e mesmo que os dados sejam pré-pandemia, a realidade não mudou e apesar de existir cada vez mais jovens licenciados, a tendência irá ser a perda de poder de compra face à enorme pressão inflacionista que se vive nestes tempos de guerra, onde os preços dos bens e serviços continuam a escalar e os salários mantêm-se inalteráveis.

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