A Escassez de Habitação em Portugal

Fonte da imagem: Jornal de Negócios

A construção de edifícios em Portugal tem enfrentado uma desaceleração significativa, conforme indicam os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Comparado ao mesmo período do ano anterior, o índice de produção nesse segmento apresentou um aumento de apenas 2,8% em abril, um valor inferior quando comparado com os dados de março. Essa tendência reflete um desafio crescente no mercado imobiliário português, onde a falta de oferta habitacional tem levado a um desequilíbrio acentuado entre a procura e a oferta, resultando num aumento exponencial dos preços.

A questão da habitação em Portugal está intrinsecamente ligada à escassez de oferta, o que tem gerado uma pressão significativa sobre o mercado imobiliário. Com a procura por habitação em constante crescimento, a falta de oferta adequada tem levado a uma disparidade cada vez maior entre a procura e a oferta disponível. Isso cria um cenário altamente competitivo, onde os compradores enfrentam dificuldades em encontrar habitações adequadas a preços acessíveis.

Consultando os dados do portal Idealista, o preço do metro quadrado em Lisboa subiu 30% nos últimos 5 anos. Associado a isto, vemos uma aparente expansão da sua área metropolitana com concelhos como Alenquer, Cadaval ou Lourinhã a registar aumentos no preço do metro quadrado, só no último ano, a rondar os 25% e a registar preços que se aproximam do que era a realidade da capital em 2015.

A falta de oferta habitacional tem sido um dos principais impulsionadores do aumento dos preços no mercado imobiliário português. Com a procura a superar a oferta disponível, os preços das casas têm disparado, tornando-se cada vez mais inacessíveis para muitos compradores potenciais. Esse desequilíbrio entre a procura e a oferta tem criado um mercado altamente competitivo, onde os compradores muitas vezes se deparam com uma concorrência feroz e uma limitada disponibilidade de habitações dentro de seus orçamentos.

O problema da escassez de habitação não afeta apenas os compradores em busca de uma casa própria, mas também tem impactos significativos na sociedade em geral. A falta de habitação acessível pode levar a problemas de exclusão social e dificuldades de mobilidade. Além disso, a disparidade entre a procura e a oferta habitacional pode gerar desequilíbrios socioeconómicos, com áreas urbanas mais afetadas pela falta de habitação acessível.

Com este cenário desafiador, é fundamental que sejam adotadas medidas para estimular a construção de habitação e equilibrar a oferta e a procura no mercado imobiliário português. É necessário um esforço conjunto do setor público e privado para promover o desenvolvimento de novos empreendimentos de habitação, bem como a reabilitação de edifícios existentes. Além disso, é importante investir em políticas que incentivem a diversificação do mercado, estimulando a oferta de habitação acessível para diferentes segmentos da população.

Por exemplo, Sabia que 43,3% dos edifícios de Lisboa têm mais de 60 anos? Isto mostra, claramente, uma deficiência na construção.

Em conclusão, a falta de oferta habitacional em Portugal tem sido um dos principais desafios enfrentados pelo mercado imobiliário. A disparidade entre a procura e a oferta tem levado a um aumento dos preços, tornando a habitação inacessível para muitos. Para enfrentar esse problema, é necessário um esforço conjunto para estimular a construção de habitação e promover a oferta de habitação acessível.

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