A invasão da Ucrânia pela Rússia, que teve início no passado dia 24 de fevereiro, tem já repercussões trágicas, não só a nível de vidas humanas, como também em termos económicos. Um dos setores em que as consequências deste conflito são mais claras é o setor da energia. Na última segunda-feira, dia 7 de março, o preço grossista da eletricidade alcançou um valor histórico, atingindo o patamar dos 500 euros por megawatt-hora (MWh) na Península Ibérica.
Apesar de este preço ser, em muito, influenciado por este conflito, em Portugal há outro problema: o facto de o gás natural ser cada vez mais importante na produção de eletricidade. Este fenómeno deve-se, sobretudo, à proibição de produzir energia em várias barragens portuguesas por causa da seca que o país atravessa.
Neste sentido, é importante adotar melhores hábitos de consumo para conseguir poupar e reduzir as despesas com a energia:
- Substituir as lâmpadas incandescentes por outras que permitam poupar eletricidade. As lâmpadas LED são uma excelente opção;
- Aproveitar ao máximo a iluminação natural, abrindo as janelas logo pela manhã, de forma a permitir que os raios do sol aqueçam cada divisão da casa;
- Utilizar a máquina de lavar roupa e/ou a máquina de lavar loiça nas horas em que a luz é mais barata;
- Comprar eletrodomésticos com classe energética mais alta. A curto prazo, os eletrodomésticos mais baratos compensam, pois permitem poupar no investimento; no entanto, a longo prazo, a poupança será maior com os eletrodomésticos de classe energética mais eficiente. Ao contrário dos mais baratos, os eletrodomésticos com classe alta oferecem maior durabilidade;
- Não deixar a televisão em stand-by nem os eletrodomésticos ligados permanentemente à corrente.
- Manter o aquecimento a uma temperatura uniforme, programando o termóstato para uma temperatura média de 21ºC; desta forma, não só é possível criar um ambiente bastante agradável em cada divisão, como também pagar muito menos no final do mês;
- Isolar as fugas de ar da habitação, visto que a falta de bons isolamentos acaba por ser uma das principais responsáveis pelos altos valores das faturas de energia, obrigando a um gasto muito superior com o aquecimento da habitação.
Autor: Carolina Miguel Ferreira
