5 medidas para ajudar a combater a escassez de trabalhadores no setor hoteleiro.

A escassez de mão de obra para exercer no setor hoteleiro tem sido uma tendência nesta estação do ano. A Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, estimou que Portugal precise de 45 mil a 50 mil trabalhadores no setor do turismo. A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) reconhece a escassez de trabalhadores e como tal apresenta medidas para ajudar com o problema.

Como primeira medida, a associação defende que “as empresas do Alojamento Turístico e da Restauração e Bebidas devem procurar empreender estratégias criativas para atrair e reter profissionais, que devem ir além da retribuição e que podem passar por sistemas de avaliação, práticas de reconhecimento, garantias de progressão na carreira e a uma melhor conciliação entre vida profissional e vida familiar”. Esta primeira medida retrata a realidade dos profissionais do setor, uma vez que como o período de trabalho é estritamente sazonal, a segurança profissional e familiar não é um ponto assegurado para os trabalhadores. A incerteza de não ter um posto de trabalho no final de cada verão tem sido uma tendência e, para cativar a mão de obra no setor, o contrato de trabalho necessita de ser mais extenso.

A segunda medida, remete para a “criação de um ambiente mais favorável ao funcionamento das empresas, nomeadamente por via da redução de encargos fiscais, nomeadamente aqueles diretamente relacionados com o trabalho”.

A terceira medida está diretamente relacionada com o tempo de trabalho a AHRESP propõe “uma melhor e mais adequada gestão”, indicando que este “é um fator que gera maior produtividade, o que aumenta a disponibilidade financeira para que as empresas possam proporcionar melhores condições de trabalho”.

Quanto à valorização das profissões e como quarta medida, a associação diz que “devem promover-se iniciativas e mecanismos” neste sentido. Aqui “pode contribuir uma redenominação das categorias profissionais e uma adequação dos seus conteúdos funcionais, por forma a adequá-los à realidade atual e às exigências das nossas atividades”.

A quinta medida e última medida prende-se na formação dos trabalhadores. A AHRESP refere o  “desenvolvimento e implementação de um programa de curta duração, para as categorias profissionais mais carentes de mão-de-obra qualificada e que, desta forma, facilitem o acesso à profissão”. “Estas formações devem ser divulgadas e promovidas junto de desempregados e de ativos de outras áreas de atividade que desejem iniciar uma carreira nas empresas de Alojamento Turístico e de Restauração e Bebidas”.

No comunicado a AHRESP pede também que a imigração seja “encarada como fazendo parte da solução, desde que de forma organizada e com garantia de condições dignas, de trabalho e de vida”. “Para isso, o poder público deverá ainda rever os atuais mecanismos de legalização para trabalhadores por conta de outrem e de reconhecimento de habilitações, que devem ser agilizados”, sublinha.

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