Twitter perto da falência? Elon Musk não descarta

Após longas negociações e reveses, o novo dono do Twitter não fecha a porta a potenciais más performances financeiras 

Desde o primeiro momento de discussão até à oficialização legal da venda, o “namoro” de Twitter e Musk foi marcado por polémicas e discórdias. E foi até ao dia 27 de Outubro que o processo, que se arrastava há já 6 meses, viu o seu fim confirmado pela agência Reuters.

Mas como começar esta aparentemente impulsiva compra encabeçada pelo excêntrico bilionário, dono das notáveis Tesla e SpaceX? Irónica, ainda que não surpreendentemente, tudo começou com um simples tweet. Musk apresentava a ambição de criar uma “rede social que promovesse a liberdade de expressão”, descobrindo-se, mais tarde, que já havia comprado ações do Twitter, algo que rapidamente evoluíra para se tornar o maior acionista individual do “pássaro azul”.

Desde a entrada de Musk para o conselho de administração, até ao processo de que foi vítima por parte dos agora ex-acionistas do Twitter, passando pela demissão de vários executivos de topo e pela suspensão temporária da compra, o processo esteve longe de ser caracterizado pela simplicidade e transparência.

Neste momento, finalmente com o controlo da empresa, seria de expectar que os ânimos arrefecessem, mas parecemos estar longe de encontrar um cenário de estabilidade. Esta sexta-feira,dia 11 de novembro, várias agências noticiosas, um pouco por todo o mundo, anunciam que Elon Musk terá declarado a potencial falência financeira da rede social que tanto se esforçou para adquirir.

Num esforço herculano para regularizar as contas da empresa, e após ter afirmado que a vertente financeira não seria a prioridade do projeto, mas sim a liberdade de expressão, uma reunião entre os restantes líderes terá culminado na possibilidade de declarar falência, sob pena de sofrer com resultados negativos de vários milhares de milhões de dólares.

Este falhanço financeiro em perspetiva não se deve, no entanto, à falta de esforço dos novos responsáveis, que introduziram o novo Twitter Blue, uma subscrição premium de 7,99$ que garante, entre outras funcionalidades, o famoso “blue check”. No entanto, a recetividade desta iniciativa está longe de ser unanimemente positiva, já que são várias as contas falsas (um dos grandes targets da “ira” da administração Musk) que estão a tomar partido desta possibilidade de ter uma aparência mais “profissional”. 

Adicionalmente, assuntos como a segurança de dados e o respeito de normas de privacidade continuam a assombrar as grandes plataformas de partilha de conteúdos, das quais o Twitter não é exceção. De facto, o regulador americano de defesa do consumidor já anunciou estar a escrutinar de perto o comportamento da plataforma, no seguimento do potencial incumprimento da revisão das suas performances neste campo, a que se tinha comprometido em 2011.

O futuro não se apresenta risonho para o bilionário sul-africano, mas a mensagem passada aos empregados do Twitter transmite a necessidade de compromisso e dedicação à tarefa de trazer a plataforma de volta aos seus tempos áureos, ainda que muitos especulem que se possa ter passado um ponto de não retorno.

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