Quedas na bolsa dos EUA associadas à tensão Rússia-Ucrânia

Os mais importantes índices do mercado financeiro norte-americano, tais como S&P500 e Nasdaq registam a segunda semana consecutiva de queda, à medida que as tensões bélicas no leste da Ucrânia se tornam cada vez mais reais, e o medo dos investidores aumenta. 

Os índices da economia dos Estados Unidos da América, anteriormente, referidos terminaram a última semana com retornos negativos na ordem de 2.1 e 2.9 pontos percentuais, respetivamente. Para além disso, o índice Dow Jones também acabou com uma queda de 600 pontos, o que corresponde a aproximadamente 1.8%, e cuja queda se demarcou principalmente na sessão de quinta-feira. 

O índice de volatilidade, Vix, criado pela Cboe, que é utilizado para medir a volatilidade do índice S&P500 e que, também é usualmente utilizado como “medidor de medo” por parte dos investidores, aproximou-se dos valores de 30 e, apesar de ter terminado a semana um pouco abaixo dos 27.79, está bem acima da sua média a longo prazo. 

A volatilidade que tem demarcado os mercados financeiros nas últimas semanas tem estado não só relacionada com as sanções que a Ucrânia ameaçou impor sobre a Rússia, mas também graças aos elevados níveis que a inflação tem atingido um pouco por todo o mundo, e,  consequentemente, o aumento das taxas de juro pelos bancos centrais

Os separatistas apoiados pelo governo russo, anunciaram planos de “evacuação em massa” de civis para a Rússia. Para além disso, na sexta-feira, o governo russo anunciou planos para ensaios de armas nucleares do tipo balístico e de cruzeiro. 

“Se houver uma invasão, então sabemos com certezas que o preço do barril de petróleo irá aumentar, e que isso tornará o Fed (Federal Reserve) mais agressivo”, afirmou Marija Veitmane, estrategista sénior em State Street, “Portanto, é este o mecanismo de transmissão entre estes riscos de carácter geopolítico na Rússia e os mercados financeiros.”. Isto tendo em conta que a Rússia é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo no mundo. 

Nos Estados Unidos, a inflação está atualmente num pico que não era atingido há 40 anos, pelo que os mercados se demonstram apreensivos com um aumento das taxas de juro por parte do Fed. Estimativas apontam para um aumento de 1.5% ao longo deste ano. 

Autor: Gil Neto 

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