Bancos Centrais respondem com aumento de taxas de juro

Na passada quinta-feira, após a reunião do comité de política monetária, o Banco de Inglaterra anunciou uma subida dos juros para 0,25%. É uma decisão que representa um aumento de 0,15 pontos percentuais e que foi apoiada por oito dos nove membros do Comité de Política Monetária (CPM). Esta é a primeira subida desde o início da pandemia.

O organismo decidiu ainda manter o programa de 875 mil milhões de libras, de compra de dívida soberana britânica, assim como a “bazuca” de compra de ativos de 896 mil milhões de libras. Estas medidas surgem como resposta às expectativas de que os níveis de inflação irão continuar em alta durante 2022. O banco central prevê que a inflação permaneça em torno dos 5% durante a maior parte do período de inverno, e atinja os 6% em abril de 2022. 

O Banco Central Europeu, que reuniu também esta quinta-feira, anunciou que vai reforçar o programa de compra de dívida que tem em curso para compensar o fim do envelope criado somente para a pandemia, o PEPP. Subidas das taxas de juro na zona euro continuam assim sem data prevista.  As praças europeias reagiram “no verde” aos anúncios do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco de Inglaterra (BoE na sigla inglesa).

Do outro lado do pacifico, nos Estados Unidos, citando a elevada inflação e o mercado de trabalho estar a atingir o seu máximo potencial durante esta época de COVID-19, a Reserva Federal assume uma posição  de combate à inflação que já não considera transitória.  No final da sua reunião de dois dias, foi anunciado um duplicar do ritmo das reduções mensais de compra de ativos, assim como um corte de 15 mil milhões por mês passa a ser de 30 mil milhões. 

A par disto, a FED decidiu não mexer nos juros de referência, mantendo assim a taxa dos fundos federais entre os 0% e os 0,25%. Mas prevê três subidas dos juros diretores em 2022, para 0,9%, e mais três no ano seguinte. Esta é uma medida altamente antecipada pelos mercados que procuravam uma resposta da Reserva Federal aos sucessivos aumentos da taxa de inflação. As bolsas reagiram de imediato em queda, uma vez que o consenso dos economistas apontava para apenas duas subidas dos juros no próximo ano.

Autor: Francisco Sá

DEIXA UM COMENTÁRIO

Por favor, envie o comentário!
Por favor, escreva o seu nome aqui

spot_imgspot_img

Últimas notícias

Receba o ebook "Os primeiros investimentos" GRATUITAMENTE

Basta carregar no botão abaixo

Artigos Relacionados

spot_imgspot_img