McDonald’s abandona permanentemente mercado Russo

A cadeia de fast food americana McDonald’s anunciou esta segunda-feira que irá abandonar o mercado russo, tendo já começado a vender os restaurantes. 

A McDonald’s (MCD)  justificou este ato culpando a crise humanitária e o ambiente operacional imprevisível causado pela guerra na Ucrânia. A abertura do primeiro restaurante da gigante da fast food em território russo ocorreu há mais de 3 décadas, a 31 de janeiro de 1990, logo após a queda do Muro de Berlim, na capital Moscovo. Esta abertura simbolizou o alívio das tensões da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, um ano antes da queda desta última.

Em comunicado Chris Kempczinski, CEO da McDonald’s Corporation, afirma-“Esta é uma questão complicada, sem precedentes e com consequências profundas” acrescentando- “Alguns podem argumentar que garantir o acesso a alimentos e continuar a empregar dezenas de milhares de cidadãos é a coisa certa a fazer. Mas é impossível ignorar a crise humanitária causada pela guerra na Ucrânia. E é impossível imaginar os Arcos Dourados [as letras amarelas do logótipo do McDonald’s] a representar a mesma esperança e promessa que nos levou a entrar no mercado russo há 32 anos.”

De acordo com o jornal The New York Times, o objetivo da gigante da fast food é vender o negócio a um comprador local que terá de retirar das lojas todas as referências à marca McDonald’s.

Com esta decisão, cerca de 62 mil funcionários que trabalham nos 850 restaurantes ficam em risco de perder o emprego. Em comunicado o CEO da McDonald’s diz-se excepcionalmente orgulhoso dos funcionários assim como dos fornecedores locais e garante que as suas prioridades incluem garantir o pagamento de salários a todos os empregados até ao encerramento das operações e que estes mantenham o emprego com o potencial comprador local.

Com este encerramento, a Rússia registará perdas entre 1,2 e 1,4 mil milhões de dólares. Como resultado da guerra na Ucrânia, os restaurantes neste território estão também encerrados, no entanto a empresa afirma estar a pagar os salários aos funcionários na sua totalidade.

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