A inflação nos Estados Unidos da América registou o valor mais elevado nos últimos 40 anos atingindo os 8,6% no mês de maio de 2022.
Segundo os dados do Departamento do trabalho, esta crescente em maio foi essencialmente impulsionada pelos preços dos produtos energéticos e também, ainda que em menor escala, pela subida dos preços da habitação e dos bens alimentares.
Comparativamente ao mês homólogo, os preços da energia aumentaram 3,9%, contrastando com a queda de 2,7% então registada face ao mês anterior. Na mesma tendência e dada a conjuntura ainda vigente na Ucrânia, os preços da energia (crude, gasolina, eletricidade e gás) aumentaram 34,6% nos últimos 12 meses, impulsionados pelo preço do petróleo que 106,7%, o maior aumento desde que há registo de dados.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avisa que a inflação poderá durar “algum tempo”. As afirmações surgiram depois de se saber que os preços subiram mais do que se estava à espera e o mesmo reiterou que “vamos viver com a inflação por algum tempo. Vai desagravar-se gradualmente, mas vamos viver com ela por algum tempo”.
Segundo lembra a Reuters, a administração de Joe Biden considerou, inicialmente, que as pressões inflacionistas seriam transitórias e que se registaria algum alívio à medida que a economia fosse recuperando do impacto da pandemia de Covid-19. Por outro lado, a inflação permanecerá por algum tempo e provavelmente escalar para patamares mais altos nunca antes vistos. São tempos de moderação de consumos por parte dos americanos e segundo uma pesquisa realizada em abril com pequenas empresas pela Federação Nacional de Negócios Independentes, apenas 4% das empresas afirmaram que os próximos três meses seriam um bom período para expansão, um declínio de mais da metade em relação aos seis meses anteriores. No outono passado, era mais comum que as empresas esperassem mais vendas nos três meses seguintes, porém, atualmente, 12% a mais das empresas, esperam reduções de vendas durante os próximos três meses.
Em última análise, esperam-se tempos de recuperação para os cidadãos americanos, uma vez que os preços continuam a escalar face às condicionantes do conflito bélico ainda presente na Europa e é necessária uma gestão adicional em relação ao consumo.
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Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.
