Berkshire Hathaway, companhia sediada nos Estados Unidos da América, cujo atual CEO é Warren Buffet, regista lucros negativos, no primeiro semestre de 2022, no valor de 38 milhões de euros, contrapondo-se aos lucros positivos de quase 40 milhões no período homólogo de 2021.
Warren Buffett, para muitos o mestre das finanças, o pai da ciência financeira, o sábio em poupar e investir, é um dos maiores investidores e empreendedores, no mundo atual, e o mais bem sucedido de todos os tempos.
O conhecimento e a experiência que abarca torna o sucesso mais fácil de se atingir, principalmente em ambientes em que o risco prevalece, como é o caso dos mercados financeiros.
Conquanto, nem sempre a sorte está do lado dos mais eruditos. A empresa Berkshire Hathaway apresenta perdas significativas, na primeira metade de 2022, resultantes de desvalorizações nos investimentos realizados.
Enquanto que a empresa, entre abril e junho de 2021, registou lucros positivos no setor dos investimentos e derivativos, em 2022, no segundo trimestre, apresentou perdas avultadas, neste ramo, alcançando um valor de 66,91$ biliões.
Este desempenho menos bom da empresa não reflete o que Warren Buffett diz ser um melhor indicador do funcionamento e da empresa, que são os ganhos operacionais, intimamente relacionados com a atividade core da Berkshire Hathaway.
Enquanto no ano anterior, os ganhos operacionais escalaram a 6,69$ bilhões, no presente ano e no mesmo período de referência, já se conta com 9,28$ bilhões, o que daria um ganho operacional por ação de 6312,49$ por ação, quando quatro analistas inquiridos pela FactSet, empresa americana de software e dados financeiros, previam que tal grandeza assumisse uma valor de 4741,64$ por ação.
A empresa anuncia que a magnitude de ganhos ou perdas, no que toca ao investimento, é bastante volátil ao longo do tempo e, por isso, o Earning per Share , EPS, pode não ser um bom indicador da atividade da empresa, no longo prazo.
A capitalização bolsista da empresa registou variações desfavoráveis, na medida em que o preço de emissão de cada ação da empresa diminuiu, refletindo-se, igualmente, na queda do índice bolsista norte-americana S&P 500.
Tal pode ser não só, um efeito colateral da subida repentina das taxas de juro de referência, por parte do FED, no sentido de erradicar o processo inflacionista originado pela pandemia, como também resultado do contágio de fenómenos nos mercados financeiros internacionais que impactam, indiretamente, o valor das ações da dita cuja.
Bárbara Costa, 22 anos, natural do Porto. Frequenta o 3ºano de Economia na FEP. Faz parte da plataforma digital “Hollow”, apoiando os subscrito em algumas unidades currriculares da licenciatura. Explicadora de Economia a dois alunos do 10ºano do ensino secundário. Integrou a MeuCapital, em abril de 2022, com o propósito de estar mais a par dos acontecimentos financeiros atuais, bem como de alargar algumas das suas capacidades cognitivas.