O Banco Central da Austrália anunciou na passada terça-feira, dia 6 de dezembro de 2022, a oitava subida das taxas de juro desde maio. Atualmente as taxas de juro encontram-se nos 3,1%, o nível mais alto desde 2012, com o intuito de ajudar no combate à forte inflação que se faz sentir no país.
Taxas de inflação aumentaram consideravelmente
O governador do Banco de Reserva da Austrália, Philip Lowe, considera que o aumento considerável das taxas de juro desde maio foi necessário para garantir que o atual período de alta inflação seja somente temporário. Philip Lowe, salienta também que o período de alta inflação que a economia australiana enfrenta atualmente, tem repercussões na vida dos cidadãos tornando-a deveras mais difícil.
Inflação deve-se a fatores globais
Philip Lowe, governador do Banco de Reserva da Austrália, defende que a inflação se deve a fatores de ordem global, como a guerra na Ucrânia e a falta de capacidade da economia para responder à forte procura interna. Após tecer estas considerações, Philip Lowe não descartou aumentos futuros.
Mercado de trabalho continua retraído
Em concordância com vários países do mundo, a Austrália enfrenta atualmente problemas oriundos de uma inflação elevada, a qual segundo dados oficiais, se situou nos 6,9% em outubro. Relativamente ao mercado de trabalho, o Banco Central da Austrália considera que o mesmo se encontra retraído, estando a taxa de desemprego em outubro nos 3,4% e assistindo-se a uma luta intensa das empresas para contratarem trabalhadores.
Inflação perto de 8% até ao final do ano
Os dados apresentados pelo Banco Central da Austrália não colocam de parte a possibilidade de a inflação atingir valores próximos dos 8%, até ao final do ano, assistindo-se à sua queda gradual em 2023. A queda expectável em 2023 deve-se em grande medida à resolução dos problemas de abastecimento global, assim como, à queda dos preços de algumas matérias-primas.
Revisão do crescimento económico da Austrália
Além das considerações sobre a inflação, as taxas de juro e o mercado de trabalho, o Banco Central da Austrália também procedeu à revisão em baixa do crescimento económico da Austrália, para 3% este ano e 1,5% em 2023 e 2024. Apesar de todas as previsões e aumentos, as taxas praticadas na Austrália ainda continuam a ser relativamente baixas quando comparadas com outros países como por exemplo, os Estados Unidos da América.

Patrícia Neves, 24 anos, natural de Coruche no distrito de Santarém. Licenciada em Jornalismo e apaixonada pela escrita. Tem experiência como Content Writer and Content Producer e gosto de todos os temas que estejam relacionados com o mundo. Além disso, desenvolvi, por intermédio de experiências e formação, interesse nas áreas da economia e finanças.