Peso da inflação aumenta na construção de novas habitações

De acordo com os mais recentes dados publicados no Instituto Nacional de Estatística (INE), os custos da construção de novas habitações em Portugal aumentaram cerca de 8,6% em fevereiro de 2022.

Em janeiro do mesmo ano, este aumento homólogo tinha sido de 7,4%, o que faz com que o valor de fevereiro represente uma subida de 1,2 pontos percentuais, sendo este o maior salto desde julho de 2008.

Na altura, os custos na construção aumentaram 9,0% face a junho de 2008, tendo a subida suavizado para 8,5% no mês seguinte e para 6,9% em setembro desse mesmo ano.

Este resultado negativo e preocupante é justificado pela altura delicada que se vive no setor imobiliário, muito devido à crise hipotecária que está a assolar os Estados Unidos da América, que é repercutida para o resto do mundo. 

Aumento no preço dos materiais e no custo da mão-de-obra

O preço dos materiais registou uma variação de 10,1% quando comparado com o mês de fevereiro de 2022, sendo esta a maior subida homóloga desde agosto de 2008 (11,2%).  

No caso do custo da mão-de-obra, este subiu, em termos homólogos, para um valor um pouco inferior ao preço dos materiais, sendo a inflação registada na casa dos 6,4%. Este é apenas o maior crescimento homólogo desde novembro de 2021 (6,8%), o que sugere que esta componente ainda não está a sentir verdadeiramente o peso da aceleração da taxa de inflação que afeta todo o mundo. 

Para além dos materiais e da mão-de-obra, o Instituto Nacional de Estatística afirma que produtos como o aço, os produtos cerâmicos, o gasóleo e  a madeira são as matérias primas que mais contribuem para esta evolução dos preços.

Autor: João Fonte

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