Os mais recentes dados sobre a inflação pressionaram o sentimento dos investidores. A expectativa de que se mantenha a política monetária restritiva por parte da Reserva Federal norte-americana fez com que se vissem cair os três principais índices norte-americanos.
A sessão semanal das bolsas norte-americanas terminou em terreno negativo, registando as piores perdas semanais de 2023.
Os mais recentes dados sobre a inflação criam a expectativa de que se mantenha a política monetária restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed), criando forte pressão sobre os investidores.
Olhando para os índices, verificou-se que o industrial Dow Jones caiu 1,09% para os 32.794,13 pontos, desvalorizando-se 2,99%, considerando toda a sua performance semanal.
Olhando agora para o tecnológico Nasdaq Composite, registou-se uma perda semanal de 3,33%, tendo fechado a sessão desta sexta-feira com um recuo de 1,69%, passando para os 11.394,94 pontos.
Por fim, o Standard & Poor’s 500 (S&P 500) caiu 1,05% para os 3.970,37 pontos, desvalorizando 2,99% no período de uma semana.
Olhando para as causas, em janeiro deste ano, os Estados Unidos (EUA) registaram uma inflação homóloga de 5,4% contra os 5,3% registados em dezembro.
O índice PCE, um indicador da inflação nos EUA, cresceu 0,6% em janeiro face ao último mês de 2022, registando o valor mais alto desde junho do ano passado.
Analisando o “core” do PCE, isto é, retirando-lhe a alimentação e energia, verifica-se também um aumento de 0,6%.
São estes dados inflacionistas que vêm a justificar a expectativa que rege nos tempos atuais, relativos ao endurecimento da política monetária da Fed, num momento em que os investidores antecipam um aumento de 25 pontos base da taxa dos fundos federais do Fed.
O Banco Central Norte-americano privilegia os dados de inflação do índice PCE e tem como objetivo situar a inflação nos 2%. Para que o consiga, o banco central tem vindo a subir as taxas de juro desde março do ano passado e os dados mais recentes permitem previsões de novos aumentos para os próximos meses.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.
