Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Eurostat, a taxa de inflação homóloga na Zona Euro foi de 10,6%. A estimativa inicial foi de 10,7%, no entanto, ainda que tenha sido revista em baixa continua num nível recorde.
De salientar que a taxa de inflação verificada em Portugal em outubro está em linha com a verificar ao nível da Zona Euro.
Comparando com a taxa de inflação verificada no mês de setembro – 9,9% – foi um acréscimo de 0,8 pontos percentuais.
Analisando detalhadamente cada componente da taxa de inflação da Zona Euro divulgados pelo Eurostat, verificamos que é a componente da energia que demonstra uma taxa de variação mais elevada (a variação registada em outubro foi de 41,5% face aos 40,7% em setembro) e de seguida dos bens alimentares, álcool e tabaco (um acréscimo de 13,1%).
Se retirarmos as componentes que o BCE denomina de “núcleo da inflação”, como a energia e os bens alimentares, a taxa de inflação mensal foi de 0,7% e 6,4% em termos anuais.
Os países que registaram as taxas de inflação anuais mais baixas foram, a França com 7,1%, Espanha com 7,3% e Malta com 7,4%. Os países onde foi verificada a taxa de inflação mais elevada da Zona Euro foram a Estónia e a Lituânia, com 22,5% e 22,1%, respetivamente.
É crucial na estratégia do Banco Central Europeu manter a taxa de inflação a médio prazo nos 2% – taxa considerada a ideal pela instituição – e por isso a ferramenta que tem vindo a utilizar é a subida das taxas de juro de referência, provocando assim uma contração da economia e forçar a taxa de inflação a descer.

Alexandre Borrega, 27 anos, natural de Campo Maior, Alentejo. Licenciado em Economia pela Universidade de Évora e com mestrado em Economia da Empresa e da Concorrência no ISCTE – Business School. Exerce atualmente funções no Grupo Nabeiro – Delta Cafés. Integra a equipa do MeuCapital desde outubro de 2022, devido à vontade de evoluir, aprender e pelo gosto nas áreas de Economia e Finanças.