A Xiaomi, gigante chinesa produtora de telemóveis, está a planear investir, durante a próxima década, cerca de 10 mil milhões de dólares em veículos elétricos, uma vez que a indústria de veículos elétricos tem observado um enorme crescimento nos últimos anos. O investimento inicial, segundo o co-fundador Lei-Jun, será de $1,5 mil milhões.
Este investimento surge num momento em que se espera um crescimento do mercado à luz daquele que sucedeu no ano de 2020, onde as vendas mundiais aumentaram em cerca de 43%. Relativamente ao mercado chinês, aponta-se para um crescimento de vendas superior a 50% no ano de 2021.
Assim, a Xiaomi junta-se a nomes como a Apple e a Huawei no investimento em grande escala no mercado de veículos elétricos ou, mais especificamente, nos smart vehicles, que são cada vez mais autónomos e tecnologicamente desenvolvidos. Estima-se também que este investimento seja composto por 60% de fundos internos e o restante angariado através de uma política de financiamento externo.
Para além disto, Lei-Jun afirma que a empresa não está a pensar em atrair investidores para o seu último projeto de start-up, planeando que a organização detenha o total controlo do negócio. Apesar de toda a expectativa positiva em torno da indústria dos carros elétricos, o co-fundador da Xiaomi garante que está ciente dos riscos inerentes a esta aposta. “Eu tenho plena consciência dos riscos associados à indústria de veículos elétricos. Tenho também noção que nos levará entre 3 a 5 anos a iniciar o projeto com dezenas de milhares de milhões de dólares a serem investidos.” afirma Lei-Jun.
O objetivo da Xiaomi, por agora, é contratar uma empresa que fabrique os seus automóveis através de um serviço de outsourcing, assim como faz com o seu negócio de smartphones. Também é sabido que a organização já começou a empregar nova mão de obra especializada para trabalhar no software que estará presente nos seus veículos.
Fundada há uma década atrás, a Xiaomi tem vindo a demonstrar que é uma empresa com extrema capacidade de inovação e crescimento rápido. Resta agora saber se também conseguirá expandir esse sucesso para este novo e concorrido setor da indústria automóvel.
Autor: César Dias Fernandes | Fonte: Yahoo Finance