No passado dia 29 de março de 2021, a VW revelou “acidentalmente” os seus planos para renomear as operações da empresa nos Estados Unidos (EUA) para “Voltswagen of America”. A mudança de nome da VW é uma “declaração pública do investimento futuro da empresa em e-mobility” e deve entrar em vigor no próximo mês de maio. Contudo, tudo o que se segue não passou de uma “partida” do dia das mentiras, que chegou mais cedo do que o suposto, numa estratégia de marketing por parte da empresa automóvel.
O suposto “anúncio” que estava anteriormente agendado para o dia 29 de abril de 2021 e que, entretanto, já foi retraído, vem assim demonstrar a ambição que a fabricante de automóveis alemã tem para com os seus veículos elétricos, ao utilizar a unidade SI da tensão elétrica, o Volt, para associar a marca ao mercado de EVs.
O design do logotipo dos veículos da empresa movidos a combustível manterá o tradicional azul-escuro, numa tentativa de “preservar elementos da herança da Volkswagen”, enquanto que, no caso dos veículos elétricos, este será substituído pelo azul-claro, e acompanhado por um emblema exterior da Voltswagen.
A Volkswagen, que tinha organizado um “Power Day” no início de março para discutir tecnologias de EV, surge também com o objetivo de que 50% das suas vendas totais correspondam à venda de veículos elétricos, até 2030 nos Estados Unidos e na China, e a mais de 70% na Europa. Para atingir este objetivo, a empresa teria de vender entre 5 a 6 milhões de EVs nesse período, correspondendo este valor a 10x as vendas da Tesla ($TSLA) no ano de 2020.
Os investidores reagiram de forma positiva à mudança de nome das operações da empresa nos Estados Unidos, contribuindo assim para o aumento do valor das ações da Volkswagen em mais de 64% desde o início do ano. Este crescimento foi também influenciado pelo upgrade realizado por Philippe Houchois, analista da Jefferies, que diz considerar impressionante a estratégia agressiva de penetração no mercado de EVs da Volkswagen.
Autora: Maria Beatriz Dias | Fonte: CNBC
