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A Virgin Orbit, empresa de lançamento de satélites, vai despedir 85% dos seus funcionários, após recusa a financiamento.
A Virgin Orbit, fundada pelo multimilionário Richard Branson, anunciou que irá despedir 85% dos seus trabalhadores, que é o equivalente a 675 pessoas.
A empresa sedeada na Califórnia despedirá estas pessoas com vista à redução de despesas, perante “incapacidade de garantir financiamento significativo”, pode ler-se num documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, com data da passada quinta-feira. As demissões passarão por todos os departamentos.
A empresa do bilionário acabou, também, por emitir uma nota conversível em ações para a Virgin Investments Limited, também de Richard Branson, de forma a poder indemnizar os seus funcionários. Este processo de despedimentos acarretará custos na ordem dos 15 milhões de dólares, próximo aos 14 milhões de euros.
A verdade é que a Virgin Orbit acabou por sofrer um grande contratempo no começo deste ano, quando numa tentativa de lançar o primeiro foguetão ao espaço, a partir da Inglaterra, a empresa fracassou.
Esta missão tinha sido planeada a par com a Agência Espacial do Reino Unido e o Cornwall Spaceport para lançar nove satélites para o espaço.
No começo de março, a Virgin Orbit suspendeu operações durante vários dias, enquanto um financiamento era negociado e oportunidades estratégicas exploradas.
Na passada sexta-feira, a empresa registou uma queda de mais de 40% na bolsa, pelo que as suas ações agora valem menos de 20 cêntimos. No último ano, a empresa registou uma perda de 97% do seu valor.
No terceiro trimestre de 2022, a empresa registou prejuízos na ordem dos 43.600 dólares (perto dos 40.100 euros).
Numa reunião geral, o CEO, Dan Hart, anunciou aos seus funcionários que cessariam operações “no futuro previsível”.
A empresa de Richard Branson é rival da SpaceX, de Elon Musk (dono da Tesla), e da Blue Origins, de Jeff Bezos (dono da Amazon).

Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.