Uber: menos custos com mercados em oscilação

O presidente executivo da empresa multinacional americana Uber informou recentemente, numa carta, que irá realizar cortes nos seus gastos, devido ao momento desfavorável que tem vivido.

No primeiro trimestre deste ano, a Uber viu as suas receitas mais do que duplicarem para um valor de 6,9 mil milhões de dólares, o que se deveu em grande parte à amenização das restrições da pandemia. Grande parte deste valor deveu-se também ao boost nas vendas da Uber Eats, particularmente.

No entanto, a situação geral deste primeiro trimestre não foi positiva dado que a empresa registou um elevado prejuízo no valor de 5,9 mil milhões de dólares (5,6 mil milhões de euros).

O corte nos gastos teve um ênfase especial nos gastos com pessoal. “Iremos tratar as contratações como um privilégio e seremos mais criteriosos acerca de quando e onde contratamos mais funcionários”, afirmou o CEO da Uber, Dara Khosrowshashi.

Para além disso, outros gastos sofrerão cortes, tais como gastos ineficientes em marketing, em incentivos, e ainda no board da empresa.

Contrariamente, a Lyft, concorrente da Uber, comunicou na semana passada que irá aumentar os gastos na tentativa de atrair um maior número de funcionários, tentando compensar a subida de preço do petróleo.

A Uber, desde que passou a ser cotada em bolsa, tem apresentado inúmeras vezes resultados negativos, salvo alguns trimestres. Esta situação, apesar de surpreendente, é justificada pelo CEO como uma fase temporária, afirmando que irá começar a apresentar resultados positivos consistentemente.

Deste modo, tal como refere Khosrowshashi, os cortes nos custos devem-se, essencialmente, a mudanças sísmicas que estão a ocorrer no mercado, provocando elevadas oscilações e levando a que os seus investidores procurem segurança e estabilidade em tempos de incerteza.

Ao contrário do que se pode pensar, os investidores não gerem a empresa, apesar de serem donos da mesma, tal como referiu Dara. Assim sendo, o CEO e a sua equipa procuram estratégias que melhor se adaptem à situação que se vive e àquilo que os investidores ambicionam. 

Autor: Diogo Andrade

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