De acordo com dados divulgados na segunda-feira, a empresa norte-americana de produção e venda de automóveis elétricos de alto desempenho – Tesla ($TSLA), ultrapassou graves problemas na cadeia logística neste último trimestre, aumentando as margens de lucro e levando a receita para valores superiores às expetativas de Wall Street.
Desde 2019 que a Tesla tem registado um crescimento exponencial e muitos já questionavam se 2021 seria um ano de queda para a empresa. Os últimos dados apontam para um prejuízo de 23 mil milhões de dólares nas participações de Bitcoin ($BTC) da Tesla, refletindo a queda nos preços das criptomoedas no final do segundo semestre.
“A fabricante automóvel beneficiou de vendas recorde e reduziu os custos internos para compensar o aumento do custo dos materiais e a imparidade relacionada com a Bitcoin”, afirmou Karl Brauer, analista da iSeeCars.com.
As ações da empresa ($TSLA) aumentaram 1% para 665,87 dólares após o relato de notáveis progressos no cumprimento das suas metas de lucratividade, mesmo enfrentando várias adversidades que ameaçavam limitar a produção.
Apesar dos analistas de mercado preverem uma receita de 11,2 mil milhões de dólares, a Tesla conseguiu superar as expetativas, tendo atingido uma receita no valor de 11,958 mil milhões de dólares.
Relativamente à margem de lucro bruta, esta atingiu os 28,4%, quase dois pontos percentuais acima do primeiro trimestre deste ano. O resultado líquido subiu para os 1,14 mil milhões de dólares, dos 140 milhões de dólares no ano anterior e os lucros subiram para 1,3 mil milhões de dólares (três vezes mais em relação ao ano anterior).
O CEO da empresa, Elon Musk, criticou a grande dificuldade em atingir uma fabricação em grande escala, afirmando haver “centenas” de startups na indústria automóvel. “A parte incrível é que a Tesla não faliu ao atingir a produção em grande escala, porque todo o mundo o fez.”
Apesar dos impasses com a China e os problemas na cadeia logística, a empresa já havia comunicado novas entregas de veículos “robustos” para o segundo trimestre. As entregas atingiram as 201.304 unidades (quase 9% mais do que no primeiro trimestre), superando a estimativa dos analistas em relação aos 195.000-200.000 previstos.
Autor: Margarida Fernandes