A fabricante de veículos elétricos Tesla ($TSLA) tem vindo a registar preços mais elevados nos seus veículos Modelo 3 e Modelo Y devido à escassez global de chips. Mais concretamente, a inflação na rede de abastecimento das matérias-primas que tem vindo a causar perturbações a indústria automóvel.
Segundo a Intel ($INTC), a escassez de chips deve durar vários anos e é uma crise que afeta o mercado de produtos eletrónicos em geral, reduzindo a sua quantidade disponível e provocando um aumento geral de preços.
A Tesla não é imune aos impactos da escassez de semicondutores, tendo Musk afirmado recentemente que estes problemas estão a afetar as metas de fabricação de carros Tesla. Um exemplo disso é o adiamento da data de lançamento do Model S Plaid da Tesla, o veículo mais rápido da marca, cuja data de lançamento teve de ser adiada uma semana, para dia 10 de junho.
Em abril deste ano, Elon Musk admitiu, numa declaração pública, que os problemas na rede de abastecimento provavelmente permanecerão um desafio para a Tesla em 2021. Além disso, afirmou que a empresa está a enfrentar alguns desafios relativamente à rede de abastecimento.
No mês passado, a Tesla aumentou os preços de seus EVs Modelo 3 de 39.490 dólares para 39.990 dólares e do Modelo Y de 51.490 dólares para 51.990 dólares. Este foi o quinto aumento no preço destes modelos desde fevereiro.
Apesar disto, a Tesla aumentou em 27 vezes o seu lucro líquido, registando um lucro de 438 milhões de dólares no primeiro trimestre deste ano, tendo sido o sétimo trimestre lucrativo para a empresa.
De janeiro a março deste ano, foi produzido apenas o Modelo 3 e o Modelo Y, de modo a controlar os gastos. Como resultado, o preço médio de venda dos veículos caíram 13%, para pouco menos de 38 mil dólares.
Como referido, é de realçar o impacto negativo da COVID-19 na produção dos carros elétricos, podendo até vir-se a acentuar.
Autor: Afonso Silva
