Tesla atinge 1 bilião de dólares à boleia de encomenda da Hertz

A Bloomberg foi a primeira a avançar que a Hertz ($HTZZ) fez a maior encomenda de sempre de veículos elétricos ao encomendar nada menos do que 100 mil veículos à gigante Tesla ($TSLA), para integrar na sua frota de aluguer. Esta informação foi confirmada pela Reuters, cujo CEO, Mark Fields, comentou a aquisição como uma “vantagem competitiva” para a companhia de rent-a-car norte-americana.

Como é possível observar no anúncio colocado no site da empresa, a Hertz tenciona adquirir 100 mil veículos Model 3 da Tesla até ao final de 2022. No entanto, está previsto que a entrega dos veículos chegue já aos consumidores em novembro.

Com um preço de mercado à volta de 40 mil dólares por unidade, nos Estados Unidos, esta aquisição resulta num encaixe para a empresa liderada por Elon Musk de, aproximadamente, 4 mil milhões de dólares.

A encomenda fez com que a Tesla atingisse um valor de mercado de um bilião de dólares, juntando-se a um grupo restrito de empresas com essa valorização de mercado, nomeadamente, Apple ($AAPL), Alphabet ($GOOG), Amazon ($AMZN) e Microsoft ($MSFT).

No caso da Apple e da Microsoft, já se verificou outra subida, uma vez que estas empresas têm um valor de mercado superior a dois biliões de dólares.

Outro dos motivos apontados para a ascensão do valor de mercado da Tesla foi a apresentação, esta segunda-feira, dos dados sobre as vendas de automóveis no mercado europeu, que apresentam o Model 3 como o carro mais vendido em setembro. Desta forma, regista-se a primeira vez que um carro elétrico alcança um valor mais alto de vendas do que os automóveis a combustão.

Adam Jonas, analista da Morgan Stanley, reviu em alta o preço-alvo das ações da Tesla para os 1.200 dólares por ação, depois dos 900 dólares anteriormente previstos, numa nota apresentada na segunda-feira. Jonas aponta que “A mudança de preço-alvo é impulsionada predominantemente por um aumento do volume”. A Morgan Stanley apontava para a produção de 5,8 milhões de veículos até 2030, o que implicava uma taxa de crescimento anual de 23%, em linha com o crescimento geral do mercado de veículos elétricos. No entanto, esta revisão aponta para os 8,1 milhões de veículos até 2030, o que implica uma taxa de crescimento anual de 28%, sendo um pouco mais de metade dos 50% de crescimento previstos pela própria Tesla.

Numa nota para os clientes, Emmanuel Rosner, analista do Deutsche Bank, disse que “Os repetidos aumentos do preço-alvo das ações refletem uma robusta procura por parte dos consumidores pelos veículos da Tesla, também demonstrada pelo crescente tempo de espera para entrega em muitas variantes.”

Na semana passada, a Tesla apresentou os resultados do terceiro trimestre, onde foi possível verificar que nos primeiros nove meses do ano, a empresa acumulou lucros de 3.198 milhões de dólares.

Autor: José João Sampaio

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