No passado dia 15 de maio, Sábado em Portugal, a comunidade internacional ficou apreensiva face ao comunicado realizado pelo meio de comunicação social de Taiwan, que avisa os investidores globais.
Tal comunicado subscrevia um raciocínio de que a decisão de Hong Kong de congelar os bens pertencentes a Jimmy Lai (um grande empreendedor e ativista do movimento pró-democracia de Hong Kong, profundamente crítico posição chinesa relativamente à Lei Básica “Um País, Dois Sistemas”), era um sinal explícito para a comunidade internacional de que realizar negócios nesta cidade está a tornar-se arriscado.
Comumente conhecida como um centro financeiro, é a primeira vez na história de Hong Kong que uma empresa cotada na bolsa é alvo de congelamento de ativos. Neste raciocínio, ao abrigo da Lei de Segurança Nacional (formuladas pela República Popular da China e implementadas pelo Chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam), todas as ações da empresa Next Digital (fundada por Jimmy Lai) foram congeladas.
Apesar de, na realidade portuguesa, estarmos acostumados a assistir a um acontecimento destes apenas após uma resolução/decisão judicial, e, portanto, uma eventualidade totalmente fundamentada, neste caso particular, o cerne residiu em questões políticas.
Acontece que a empresa Next Digital é uma empresa de jornalismo totalmente independente, globalmente famosa por incluir artigos de opinião “sensacionais” bastante proativos na questão da independência de Hong Kong.
Como seria expectável, após este comunicado por parte de Taiwan, podemos concluir que os investidores a nível mundial irão estar mais atentos e apreensivos aquando de formular qualquer tipo de decisão de investimento e, portanto, é altamente provável que Hong Kong saia de alguma forma prejudicado enquanto 4º centro financeiro do mundo.
Autor: Francisco Antunes