Agência de notação financeira americana Standard & Poor’s (S&P) elevou o rating da dívida portuguesa para BBB+.
A agência reconheceu os esforços e consequentes bons resultados das finanças públicas portuguesas apontando para o crescimento robusto da economia nacional, do equilíbrio do mercado de trabalho, da boa execução orçamental e do aumento do investimento com a ajuda essencial da aplicação dos fundos provenientes da União Europeia. Esta também acredita que o défice orçamental irá fixar-se em 1,9% devido à arrecadação de receitas fiscais impulsionadas pelo crescimento do produto e da inflação.
A agência qualificava previamente a dívida de longo prazo no escalão abaixo, BBB, passando-o para BBB+, ao passo que o rating de curto prazo se fixou em A-2 , fixando a perspetiva económica no nível estável, com estimações conservadoras a apontar para o crescimento do PIB na ordem dos 4,8% em 2022 e 2,2% em 2023.
O deflagrar da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, , levando ao aumento das taxas de inflação essencialmente devido à subida de preços dos produtos energéticos têm um efeito mínimo sobre a economia nacional já que as ligações entre estes países são residuais. Como tal, a agência aponta o risco moderado da interrupção do fornecimento de energia já que os atuais fornecedores, Nigéria e Estados Unidos da América, poderão orientar o seu fornecimento num outro sentido.
Fernando Medina qualifica esta subida de rating como uma excelente notícia já que se traduzirá de forma direta nas empresas e nas famílias tornando o financiamento da economia portuguesa mais atrativo para os investidores.
Recorde-se que já a 26 de Agosto, a agência canadiana DBRS reavaliou a economia portuguesa subindo-a também a sua avaliação para A numa perspetiva estável.
A agência FITCH será a próxima a qualificar o risco de crédito à economia portuguesa.
Autor: Renato Domingues