Para os investidores mais assíduos, estes têm noção que o mercado de ações “adora” o crescimento elevado das tech companies. Embora, nos últimos timeframes, a análise gráfica não demonstra um cenário tão animador em relação à situação normal destas empresas, onde o high-growth é uma característica fulcral e necessária.
Considerando o display da Meta, onde a rede social anunciou vários despedimentos de trabalhadores e aplicou regimes de lay-off a outros, a empresa que valia 1$ trillion de dólares a um ano atrás, perdeu quase três quartos do valor das suas ações, demonstrando o período de elevada inflação que se continua a viver em todo o mundo. Os interesses da Reserva Federal Norte-Americana continuam a preservar os aumentos das taxas de juro para controlar os picos inflacionistas nos EUA, demonstrando que uma recessão pode se tornar num cenário económico cada vez mais provável.
Posto isto, será ou não um bom período para realizar investimentos sobre as ações das bigtech?
O mercado de ações incide maioritariamente sobre as tech stocks e, desta feita, todos os investidores que estiveram e aproveitaram o bullish market, terão realizados ganhos significativos sobre os seus portefólios. Embora, a história neste momento é totalmente oposta. O setor tecnológico, que inclui grandes marcas como a Apple, Alphabet, Microsoft e entre outras, contribuiu para uma queda de cerca de 16% do S&P 500 este ano até ao mês de Outubro.
O humor punitivo do mercado não durará para sempre. Empresas com ganhos sólidos e fortes perspectivas de crescimento como são as anteriormente mencionadas, serão recompensadas com preços de ações mais elevados no futuro.
Investidores com ações destas empresas poderão adotar uma atitude prudente em relação ao seu portfólio e manter as suas posições embora, por outro lado, investidores que pretendem fortalecer e/ou massificar a sua carteira de ações, segundo os diversos analistas, devem assim aguardar pela mudança da “maré” e aí sim definir as suas prioridades de acordo com o sentimento do stock market das bigtech.
Assim, se existe algum apetite por ações/investimentos de risco, aproveitar as quedas das ações destas empresas, pode tornar-se numa boa mas arriscada ideia. Caso a conviçção a longo prazo seja positiva e o preço por ação melhore significativamente em relação à estratégia aplicada, provavelmente, é tempo de gerar ganhos.
Por outro lado, e aplicando as recomendações do famoso investidor Warren Buffett, ter uma aproximação cautelosa e apreciar negócios sólidos com capacidade de gerar cash flow avultado, pode ser uma ótima fórmula para “manter a atividade no verde” a longo prazo.
Em suma e tendo em conta o cenário atual e previsto para o futuro, a curto-prazo, alavancar capital através dos tech stocks parece arriscado. Os riscos são elevados e os timings não são os melhores tendo em conta a perspetiva macroeconómica. Manter assim o foco em assegurar as despesas pessoais e posteriormente avaliar as diferentes ações das várias tecnológicas, pode ser o foco do investidor a curto prazo. A longo prazo, existe otimismo mais que suficiente para continuar a gerar bons ganhos, uma vez que as tecnológicas irão continuar com profits elevados e empresas como a Meta, que têm investido milhões no Metaverso, irão certamente ser recompensadas pelas suas ações.