Rússia volta ao acordo de fornecimento de cereais

A Rússia voltou hoje ao acordo de fornecimento de cereais, anunciado pelo Ministério da Defesa russo quatro dias após a Rússia ter suspendido a sua parte do acordo. O anúncio foi dado pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, após uma chamada com o ministro da defesa e primeiro-ministro russos. O presidente ucraniano Zelensky referiu que os navios carregados estavam a sair dos portos graças ao trabalho da Turquia e Nações Unidas e frisou, “No entanto, uma defesa de longo termo é necessária para o corredor de cereais”. Também o ministro das Infraestruturas ucraniano, Oleksandr Kubrakov, garantiu que “a Iniciativa do cereal do Mar Negro continua”.

Os esforços conjuntos levados a cabo pela Turquia e pela Organização das Nações Unidas convenceram o Ministério da Defesa russo que justifica a mudança de posição por ter recebido garantias da Ucrânia. A suspensão do acordo de julho tinha ocorrido devido à falta de segurança dos barcos civis, alegando um ataque de drones à sua frota, que é negado pelos representantes de Kiev. 

A suspensão do acordo já afetou mais de 200 navios. Segundo a imprensa NPR houve uma forte reação dos mercados de mercadorias no fim de semana levando a que os preços dos cereais tivessem fortes subidas devido ao receio de escassez de alimentos. Contudo, retomar o fluxo normal permitirá aliviar a fome nos países mais pobres e assim abastecê-los injetando trigo, óleo de girassol e fertilizantes nos mercados mundiais o que levará a um alívio nos preços.

Recorde-se o papel importante que Ucrânia adota no mercado mundial, já que abastece o mundo com aproximadamente 45 milhões de toneladas de cereais todos os anos o que torna o país um dos cinco maiores exportadores de cevada, milho e trigo, além de ser o maior exportador de óleo de girassol contabilizando 46% das exportações mundiais.

Restabelecer o acordo é de extrema importância, já que quando a Rússia iniciou a sua invasão à Ucrânia nos finais de fevereiro impediu os cargueiros de abandonar os portos ucranianos o que levou a que cerca de 47 milhões de pessoas caíssem em insegurança alimentar aguda além de que este acordo permitiu que milhões de pessoas não caíssem em pobreza extrema. 

Este novo acordo finda a 19 de Novembro, pelo que os países ainda deverão chegar a novo acordo de forma a poder estendê-lo.

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