Robinhood: avaliação em 40 mil milhões de dólares em IPO

Com sede em Menlo Park, Califórnia, a famosa corretora Robinhood lançou um pedido de oferta pública inicial (IPO) na Nasdaq e pretende listar as suas ações sob o ticker $HOOD. A empresa americana de serviços financeiros tem como grande objetivo uma avaliação em, pelo menos, 40 mil milhões de dólares, na sua oferta pública inicial.

Esta avaliação da empresa é de especial interesse para os investidores que detêm notas conversíveis emitidas em fevereiro, já que poderão convertê-las em ações com um desconto de pelo menos 30%, em relação ao preço da oferta pública. Para os titulares de dívida prioritária (sénior), a conversão está limitada superiormente por uma avaliação de 30 mil milhões de dólares, o que implica que, quanto maior a avaliação da empresa, maior será a recompensa para estes investidores.

Foi também relatado pela Reuters que a empresa escolheu a Goldman Sachs Group ($GS) para liderar todos os preparativos para a oferta pública inicial. A Robinhood já confirmou, após um processo regulatório, que as receitas “mais do que triplicaram” e alcançaram os 959 milhões de dólares em 2020, em comparação com 2019, onde apenas atingiram os 278 milhões de dólares. 

A corretora registou um prejuízo líquido de 1,4 mil milhões de dólares no primeiro trimestre comparativamente com o prejuízo de 52,6 milhões no mesmo período do ano passado. O número de utilizadores na plataforma também mais do que duplicou desde o início do ano, para 31 milhões de registados, sendo que destes, 17,7 milhões são utilizadores ativos mensais.

Esta decisão ocorreu após a Autoridade Regulatória da Indústria Financeira nos Estados Unidos (FINRA) ter multado a Robinhood em 70 milhões de dólares, que inclui 13 milhões de dólares em indemnizações aos clientes, por ter causado “danos generalizados e significativos” aos mesmos. De realçar que esta foi a maior penalização de todos os tempos ordenada pelo regulador norte-americano. 

Com a “corrida” às ações como às da GameStop ($GME), a plataforma foi forçada a suspender o trading de alguns títulos no final de janeiro, de forma a conseguir cumprir os requisitos de capital, caso, de um momento para o outro, todos os investidores decidissem vender as ações ao mesmo tempo.  

A vice-presidente executiva e chefe do Departamento de Execução da FINRA, Jessica Hopper, afirmou que “a conformidade com essas regras não é opcional e não pode ser sacrificada em prol da inovação ou da vontade de ‘quebrar as coisas’ e consertá-las mais tarde. A multa imposta neste caso, a mais alta já cobrada pela FINRA, reflete a gravidade das violações da Robinhood, incluindo a descoberta da FINRA de que a Robinhood deu informações falsas a milhões dos seus clientes”. 

A Robinhood permite aos seus utilizadores fazerem transações ilimitadas sem comissões em ações, ETFs, criptomoedas e/ou ações. Foi fundada em 2013 por Baiju Bhatt e Vladimir Tenev, que deverão manter o controlo da empresa. “A nossa missão é democratizar as finanças para todos”, afirma a empresa no seu prospecto.

Autora: Margarida Fernandes

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