Richard Branson: o primeiro bilionário a viajar para o espaço

No passado domingo, dia 11 de julho, a Virgin Galactic ($SPCE) concluiu com sucesso mais um voo de teste ao espaço, com Richard Branson como um dos tripulantes, tornando-se no primeiro bilionário a realizar este feito. 

Contudo, as ações da empresa têm revelado uma elevada volatilidade, tendo, esta segunda-feira, apresentado uma queda de cerca de 17,3%, após a companhia anunciar que iria disponibilizar para venda mais 500 milhões de dólares em ações. Atualmente, a empresa apresenta-se dividida em 240 milhões de ações, sendo que o seu shares float, isto é, o número de ações disponíveis para transação livre nos mercados financeiros, é de 164,6 milhões de ações. Com base na cotação com que as ações da empresa fecharam na passada sexta-feira (49,2 dólares), estes 500 milhões de dólares correspondem a um adicional de aproximadamente 10,2 milhões de ações. Apesar desta recente queda, as ações apresentaram um crescimento geral de 80% este ano. 

Mas, para além dos efeitos financeiros, esta viagem da Virgin Galactic foi mais um passo muito importante para o objetivo estratégico de deter uma rota comercial espacial em 2022 e iniciar o setor do turismo extraplanetário. Para além da Virgin Galactic, também a SpaceX, de Elon Musk, e a Blue Origin, de Jeff Bezos, pretendem explorar este mercado. Numa entrevista, Richard Branson afirmou que “Existe espaço para 20 empresas para levar pessoas ao espaço. (…) Quantos mais transportes espaciais forem construídos, menores os preços poderão ser e conseguiremos satisfazer a procura que irá existir nos próximos anos”, pelo que se espera que outras empresas se possam juntar a estas três no futuro setor do turismo espacial. 

A empresa de Richard Branson, foi uma das primeiras do setor espacial a deter ações transacionadas publicamente, através de uma special purpose acquisition company (SPAC). Recentemente, tal tornou-se numa tendência na indústria, com a construtora Astra e a empresa especializada em satélites AST SpaceMobile a consumarem esta operação, esperando-se que a Rocket Lab, Spire Global, BlackSky e Momentus possam ser as próximas. 

A Virgin Galactic prevê que cerca de 2 milhões de pessoas poderão usufruir destas experiências, sendo que os preços deverão ser fixados num intervalo entre 250 mil e 500 mil dólares por viagem.  

Richard Branson referiu ainda que “Nunca houve um momento em que a indústria espacial estivesse tão interessante”, mas, quando questionado se o turismo espacial iria crescer rapidamente, afirmou “Não acho que esteja na sua fase de crescimento a pique (…) penso que ainda está no início”.

Autor: João Rodrigues

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