Elizabeth Truss, habitualmente conhecida por Liz Truss, foi eleita primeira-ministra britânica, no mês passado, ocupando a posição de Boris Johnson. Poucos dias depois de ser eleita, a ministra compromete-se a reduzir a carga fiscal dos contribuintes ingleses, reformar o sistema de saúde britânico e a aumentar os apoios concedidos às famílias. O corte radical dos impostos parece já não se incluir nos planos a serem executados pela mesma.
Na sequência de uma possível recessão, em Inglaterra, e à instabilidade macroeconómica e financeira sentida, a atual primeira-ministra testemunha que a planificação do seu mini- orçamento a ser implementado, aquando da tomada de posse, deveria ter sido estruturada de maneira diferente.
A medida restritiva anunciada por Truss foi objeto de críticas pelo Fundo Monetário Internacional. Uma diminuição excessivamente expressiva dos compromissos fiscais dos ingleses indiciaria um agravamento da taxa de crescimento de preços na economia inglesa, fenómeno esse que, atualmente, se revela a maior preocupação do Banco Central Europeu para estabilizar as economias europeias.
Face a um potencial desfalque agressivo, em termos fiscais, para aqueles que residem na Inglaterra e à falta de projeções que orientassem o comportamento dos investidores e de outros agentes económicos, o risco e incerteza enraizaram-se nos mercados financeiros ingleses. O BoE reagiu e comprou títulos de dívida pública, obrigações do tesouro, que são ativos do mercado financeiro, isentos de risco e que permitem diversificar as carteiras dos investidores e minimizar o risco financeiro.
A instabilidade e escassez daquilo que poderá acontecer na economia inglesa provocou escalada nas taxas de juro que foram impactantes no que toca aos financiamentos dos ingleses, o qual o crédito à habitação é um exemplo. Isto aliado a um custo de vida alto potencia um agravamento da taxa de inflação a ser sentida neste país.
Apesar de tal panorama instalado nos últimos dias, a primeira-ministra assegura que o crescimento económico é a sua maior preocupação e que fará de tudo para restabelecer o equilíbrio da economia inglesa. O setor agrícola e da habitação e os mercados financeiros são três das áreas nas quais a ministra pretende atuar.
Bárbara Costa, 22 anos, natural do Porto. Frequenta o 3ºano de Economia na FEP. Faz parte da plataforma digital “Hollow”, apoiando os subscrito em algumas unidades currriculares da licenciatura. Explicadora de Economia a dois alunos do 10ºano do ensino secundário. Integrou a MeuCapital, em abril de 2022, com o propósito de estar mais a par dos acontecimentos financeiros atuais, bem como de alargar algumas das suas capacidades cognitivas.