Ao contrário do que seria expectável em relação às análise do Wall Street, os resultados da Nike ultrapassaram todas as expectativas. De acordo com os números apresentados após o fecho do mercado, a empresa alcançou uma súbida trimestral recorde de 17% das suas receitas. Após a divulgação do documento financeiro que dita os ganhos trimestrais e todas as rubricas relevantes à atividade da norte-americana, os investidores verificaram algum positivismo em relação ao consumo sendo que, após a abertura do mercado, as ações da Nike revelaram um incremento superior a 10%.
A organização, nos três meses anteriores a terminar, no dia 30 de Novembro, revelou um net income de 1.33 mil milhões de dólares ou 85 cêntimos por ação comparando com resultado de 1.34 mil milhões de dólares ou 83 cêntimos por ação, no mesmo período ano passado.
Aumento de 17% de revenue
Em relação às receitas, a Nike reportou 13.32 mil milhões de dólares comparativamente ao ano passado, onde registou 11.36 mil milhões de dólares.
O aumento de 17% de revenue contraria uma vez mais as expectativas do Wall Street, que, nos 3 trimestres anteriores, também se revelou conservador em relação à perfomance da marca.
Apesar dos dados apresentados, segundo o CFO, Matt Friend revela que existiram várias adversidades relacionadas com os inventários. Desde problemas com fornecedores, aumentos instáveis de procura e tempos de shipping imprevisíveis, Friend refere que os inventários aumentaram 43% em relação ao período homólogo. Com esta condição, a Nike procedeu várias vezes à redução de preços e realização de descontos comerciais em massa, onde o principal objetivo passou por reduzir o stock em inventário e reverter capital para novas coleções.
Diminuição de ganhos por produto
A margem comercial verificou assim uma redução em 3 pontos percentuais promovendo uma diminuição de ganhos por produto. De acordo com o CEO, este acredita que o inventory peak já passou e o próximo trimestre deve demonstrar isso mesmo, através de um aumento da margem financeira em 2,5% como método de liquidação.
Em relação aos gastos operacionais, a empresa viu um aumento de 10% dos seus custos administrativos. De acordo com a instituição, o maior contribuinte para este incremento é a publicidade, onde a Nike costuma investir em massa de forma a expandir os seus produtos e novas coleções. Na mesma medida, a Nike prevê que estes gastos continuem a aumentar ano após ano, uma vez que o seu plano de marketing assim o exige.
Face ao contingente causado pela COVID-19, a Nike inicialmente já tinha verificado um aumento de vendas online. Dado o investimento em infraestruturas e software, as vendas digitais aumentaram 25%. Os executivos da empresa realçam uma subida recorde dos Nike Members, subscrição que oferece promoções em massa aos clientes Nike bem como acesso a plataformas como a Sneakers, plataforma com vários lançamentos exclusivos de produtos altamente escaláveis após o seu drop.
Relação da empresa com o mercado chinês
Por outro lado, a relação da empresa com o mercado chinês não foi a mais interativa neste trimestre. Sendo a China o terceiro maior mercado da Nike em vendas, comparativamente ao passado ano, as receitas diminuíram 3%.
As vendas foram diretamente afetadas pelos recorrentes isolamentos causados pela pandemia e os gastos dos chineses caíram consideravelmente neste setor. No geral de vendas, a Nike verificou uma redução de 5,9% em compras relacionadas com vestuário e 15,6% em relação a calçado em território chinês.
Em suma, a estratégia da empresa continua a ser o foco na experiência do consumidor em loja, acompanhada com o incremento da mesma nas suas plataformas. A sua nova loja intitulada como “Jordan World of Flight Milan” em Turim vem evidenciar essa tendência e demonstrar que o retail shopping continua a verificar momentos de crescimento nos próximos trimestres.