A importância do reinvestimento de dividendos, é fundamental para a criação de retornos no longo prazo. O índice MSCI espelha de uma forma muito linear esses efeitos a longo prazo, sendo este composto por 1585 empresas globais.
A taxa de retorno média anual deste, desde 31 de dezembro de 1987 até 29 de janeiro de 2021, foi de 8,27%. Contudo, com o reinvestimento de dividendos das ações essa taxa pode atingir valores ainda mais elevados. Por exemplo, se em 31 de janeiro de 1993 tivesse investido 1000€ no Índice MSCI, em 7 de março de 2018 já teria produzido um retorno de 3231€.
Contudo, se esse mesmo investimento de 1000€ for realizado com reinvestimento de todos os dividendos, então teremos um retorno de 6416€. Por estes exemplos, podemos perceber que com o reinvestimento de dividendos, conseguimos obter quase o dobro dos retornos.
Outro índice é o FTSE All Share, que é um índice composto por todas as empresas de pequena, média e grande capitalização. Tanto das economias desenvolvidas, como das economias emergentes. No gráfico seguinte, vemos os efeitos de um investimento de 5000£, com ou sem reinvestimento de dividendos. Como podemos verificar no gráfico, o reinvestimento de dividendos causou uma diferença exorbitante em comparação com a opção de não reinvestimento dos mesmos no período abrangido pelo gráfico.
Importa também perceber que: quando uma empresa paga dividendos, o preço da ação cai pelo valor pago em dividendos. Portanto, o que um dividendo representa é a devolução do capital investido, por parte da empresa, ao investidor. Pelo que ao reinvestir todos os dividendos, um investidor está simplesmente a manter o montante de capital no investimento. Logo, a valorização do preço das ações é o único fator responsável pela acumulação de capital, ao longo do tempo. Ao reinvestir esses dividendos, damos às nossas ações o potencial de criar ainda maiores dividendos, a longo prazo.
Autor: José Marques | Fonte