Reino Unido: Governo britânico efetiva primeira mina de carvão em 30 anos

O Governo britânico aprovou na passada quarta-feira, dia 7 de dezembro de 2022, a abertura de uma nova mina de carvão no norte de Inglaterra, sendo esta a primeira em cerca de 30 anos. Esta atitude por parte do Governo britânico foi objeto de várias críticas quer por parte da oposição, quer por parte de grupos de ambientalistas. 

Mina na região de Cúmbria

A mina irá situar-se na região de Cúmbria, um condado do Norte de Inglaterra que faz fronteira com a Escócia. A referida mina irá produzir carvão coque, o qual é somente utilizado para práticas da indústria metalúrgica e não para a produção de energia. De salientar que este mineral tem sido até agora importado de outros países, como por exemplo, Austrália e Estados Unidos da América. 

Compatível com a legislação climática

Apesar de o Reino Unido ter pressionado na cimeira climática COP26 do ano passado para que se abolisse a utilização do carvão, o Governo britânico afirma que a nova mina cumpre todos os requisitos presentes na legislação climática que exige a neutralidade carbónica até 2050.

190 milhões de euros

A West Cumbria Mining, a empresa de mineração responsável pelo projeto, estima que este irá atrair não só 190 milhões de euros de investimento privado para a região inglesa, como também, possibilitar a criação de 500 postos de trabalho e a produção de 2,8 milhões de toneladas de carvão de coque por ano.

Friends of the Earth

O ativista do grupo Friends of the Earth, Tony Bosworth, foi um dos principais críticos desta decisão do Governo britânico. Tony Bosworth afirma que o Governo britânico cometeu um erro profundamente prejudicial, contribuindo apenas para o aumento das emissões mundiais, não conseguindo substituir o carvão russo.

Reputação internacional do Reino Unido danificada

Alok, Sharma, antigo presidente da COP26, questiona a necessidade da abertura de uma mina, considerando que esta representará não só um passo atrás na ação climática do Reino Unido, como também, prejudicará em grande escala a reputação internacional do Reino Unido, a qual tem sido duramente conquistada ao longo de vários anos e várias polémicas.

Aumento dos preços do gás pede outras medidas

O aumento dos preços do gás contribuiu para que o Reino Unido procedesse à reavaliação da sua política energética, duplicando neste espaço temporal as importações de carvão, com o desígnio de produzir eletricidade. Este aumento de importações representa um retrocesso na tendência dos últimos anos, a qual consistia em utilizar mais gás e energias renováveis.

5,5 milhões de toneladas de carvão

Tendo por base os dados fornecidos pela consultora Kpler, nos primeiros dez meses deste ano, o Reino Unido importou mais de 5,5 milhões de toneladas de carvão, o que supera em grande medida os 4,2 milhões de toneladas importadas ao longo de todo o ano de 2021. 

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