Receitas da Disney surpreendem e agradam investidores

A The Walt Disney Company ($DIS) revelou os resultados do segundo trimestre de 2022 esta quarta-feira depois do fecho do mercado.

A empresa registou receitas no valor de 21,5 mil milhões de dólares no segundo trimestre do ano, e ganhos por ação no valor de 1,09 dólares. Os analistas esperavam que as receitas se situassem nos 21 mil milhões de dólares (500 milhões de dólares abaixo do valor registado pela empresa), e que os ganhos por ação fossem no valor de 0,96 dólares (0,13 dólares abaixo do registado). 

O segmento “Parques, Experiências e Produtos de Consumo”, uma das fontes de receitas mais valiosas para a The Walt Disney Company, registou receitas no valor de 7,39 mil milhões de dólares, quando os analistas esperavam que apenas registasse 6,65 mil milhões de dólares, resultando numa receita 740 milhões de dólares acima das expectativas. 

O lucro deste segmento situou-se nos 2,19 mil milhões de dólares, o que representa um aumento acima dos 100% comparado com o mesmo período do ano passado. No entanto, os investidores receiam que o declínio da economia, e em particular, a alta inflação, possa afetar as receitas deste segmento. 

  • Disney+

Após a Netflix ($NFLX) ter registado uma queda no número de subscritores no último trimestre, os investidores receavam que o serviço de streaming da Disney, a Disney+, pudesse desiludir no número de novos subscritores. 

No entanto, graças à entrada em novos mercados, e ao lançamento de novos conteúdos como a recente série “Obi-Wan Kenobi”, a plataforma adicionou 14,4 milhões novos subscritores, superando os 10 milhões esperados pelos investidores, registando atualmente 152,1 milhões de subscritores.

No entanto, a empresa reveu em baixa a sua expectativa referente ao número de subscritores em 2024. A empresa agora prevê entre 215 milhões a 245 milhões de subscritores, abaixo dos 230 milhões a 260 milhões de subscritores que previa antes.

Esta revisão em baixa do número de subscritores resulta de um desaceleramento do crescimento de subscritores e da perda dos direitos de streaming da liga de críquete da Índia (Indian Premium League), que poderá resultar numa queda acentuada do número de subscritores da Disney+ Hotstar, a marca da empresa no país. A Hotstar constitui cerca de 36% do número total de utilizadores da Disney+, contabilizando 58,4 milhões de utilizadores no último trimestre.

A Disney anunciou também que irá aumentar a mensalidade do plano de streaming sem anúncios da Disney+, passando dos atuais 7,99 dólares para 10,99 dólares, num aumento de 38%. No entanto, será criado um novo plano com o custo de 7,99 dólares mensais, porém os subscritores deste plano estarão sujeitos a anúncios dentro da plataforma.

O aumento de preços advém do compromisso da Disney em compensar os elevados custos do conteúdo, de forma a tornar as suas plataformas de streaming numa fonte de lucro. 

No último trimestre, as plataformas de streaming da Disney, a Disney+, Hulu e a ESPN+ registaram perdas conjuntas no valor de 1,1 mil milhões de dólares. No entanto, a empresa reitera o seu objetivo de as tornar lucrativas em 2024.

As ações da The Walt Disney Company subiram 6,85% após a divulgação do relatório de contas, no entanto a empresa desvalorizou mais de 30% desde o início do ano.

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