Quer uma empresa amiga do ambiente? O Getting Real explica como

As alterações climáticas e os seus efeitos a médio/longo prazo são temas que têm tido grande destaque nos tempos que correm, especialmente com a COP26 a ter lugar entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow. Tem havido várias tentativas, por parte de países e organizações de todo o mundo, no sentido de incentivar a mudança de comportamentos e hábitos que prejudiquem o meio ambiente, tanto a nível pessoal e familiar, como a nível empresarial. 

Desta vez, o foco são as empresas que queiram implementar medidas sustentáveis e viáveis em termos comerciais. O Getting Real, da autoria da Oliver Wyman e do Climate Group, é um guia prático que concentra os dados resultantes de uma análise das ações climáticas mais bem sucedidas, levadas a cabo por 27 empresas, dos mais variados níveis no que toca à poluição que provocam. Neste sentido, e tendo em conta a dificuldade em saber que tipo de medidas aplicar ou como as aplicar no que se refere à transição energética, este relatório sugere um conjunto de diretrizes com vista a alcançar uma transição verde sustentável a nível empresarial. 

Como refere Pepa Chiarri, Diretora Executiva de Climate & Sustainability da Oliver Wyman, “os horizontes temporais até 2030 ou 2050 para a ação climática podem ser uma tarefa desafiante para as empresas”, razão pela qual o Getting Real poderá constituir uma “ferramenta eficaz para as empresas de todos os setores”. 

O objetivo desta iniciativa é, através de experiências já existentes, estabelecer rotas que aumentem a sustentabilidade das operações e que sejam igualmente rentáveis, orientando, desta forma, as empresas que a isso se propuserem, para que façam melhorias e adotem medidas concretas no âmbito da sustentabilidade ambiental, sem perder de vista a viabilidade comercial. 

O relatório é orientado por quatro pontos essenciais: a liderança, o retorno empresarial, os clientes e o financiamento; e congrega respostas sobre a ação climática dadas pelos gestores de sustentabilidade das empresas inquiridas, que pertencem aos mais variados setores e que incluem, por exemplo, a Pepsi, a Microsoft, a Nestlé, a Volvo, a HP e a Siemens.

Tendo em conta que o fim do prazo dos objetivos de Paris 2030 está cada vez mais próximo, o ritmo das estratégias de redução de emissões a nível empresarial deve ser cada vez mais rápido e de maior importância na agenda de empresas por todo o mundo. Mais de um quinto das maiores empresas mundiais comprometeu-se a atingir a neutralidade carbónica até 2050, ou antes. Por esta razão, e segundo os seus autores, o Getting Real pode tornar-se uma referência orientadora para as empresas no que toca a uma transição verde sustentável, tanto a nível comercial como ambiental.

Assim, destacam-se os dois princípios orientadores que determinam o sucesso das estratégias empresariais em matéria de sustentabilidade: o assumir uma atitude responsável relativamente às alterações climáticas e o inovar o modelo empresarial, investindo em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia.

Autora: Carolina Miguel Ferreira

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