O Citigroup ($C) – uma das maiores instituições bancárias dos Estados Unidos da América – vai despedir, no final do mês de janeiro, os funcionários que não forem vacinados contra a covid-19 e que não apresentem uma isenção por motivos religiosos, médicos ou legais. Desta forma, a empresa é a primeira grande instituição financeira a demonstrar a intenção de despedir quem não estiver vacinado.
De acordo com um documento divulgado internamente, a empresa estabeleceu o dia 14 de janeiro como data-limite para os trabalhadores se vacinarem e quem se recusar será colocado em licença sem vencimento, acabando por ser despedido no final do mês. Esta medida é conhecida como “no jab, no job” (sem vacinas, não há emprego).
Em outubro de 2021, o banco pediu aos seus funcionários que apresentassem até o dia 8 de dezembro o certificado de vacinação, afirmando que os vacinados receberiam um bónus de agradecimento no valor de 200 dólares. Além disso, o Citi afirmou que ia exigir a vacinação a todos os funcionários, com base na portaria que exige a imunização aos funcionários contratados pelo governo.
No entanto, muitas empresas aguardam a decisão do Supremo Tribunal dos EUA sobre se a portaria da Administração Biden é constitucional, isto é, se as empresas dos EUA podem ou não exigir a vacinação dos seus funcionários ou testes semanais à covid-19.
Não só o Citigroup, mas também outras instituições financeiras de Wall Street, como o JPMorgan Chase ($JPM) e o Goldman Sachs ($GS), impuseram este requisito de vacinação, porém permitem que os seus funcionários não estejam vacinados desde que não frequentem o local de emprego.
O Citigroup está a reforçar o seu posicionamento perante a vacinação contra a covid-19, numa altura em que os EUA se confrontam com um novo aumento dos casos de infeção.
Autora: Inês do Peso Catalão